quinta-feira, 5 de junho de 2025

Dia Mundial do Ambiente ao Meio

Duda (17) e Rafa (16), estão sentados em um banco de praça cercado por árvores, latas de refrigerante no chão e um céu meio acinzentado, mesmo sendo 11h da manhã.

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RAFA:

Você já reparou que a gente chama esse lugar de “meio ambiente”? Meio. Nem inteiro. Meio.

DUDA (rindo de leve):

Nunca pensei nisso. Mas faz sentido… a gente trata a natureza como se ela fosse só uma parte pequena da vida. Tipo, “meio” importante, sabe?

RAFA (encarando uma sacola plástica presa num galho):

O pior é que, no fundo, ela é o ambiente inteiro. É onde a gente vive, respira, come, dorme… Mas parece que o pessoal só lembra disso quando falta água ou quando o calor fica insuportável.

DUDA:

Ou quando tem enchente, né? Minha avó perdeu tudo na última. A casa encheu até o joelho de lama. E depois disseram que foi “culpa da chuva”. Como se a natureza tivesse surtado do nada.

RAFA:

Não é ela que surta. Somos nós que provocamos. Jogando lixo onde não devia, desmatando tudo, gastando mais do que precisa. A gente vai empurrando o problema pra frente, como se o planeta tivesse espaço infinito.

DUDA (pensativa):

Talvez o problema seja esse: a gente vê a Terra como uma coisa separada da gente. Tipo... "natureza lá, eu aqui". Só que está tudo conectado.

RAFA:

Exato. E se a gente trata o lugar onde vive pelo “meio”, nada mais justo que o planeta comece a tratar a gente pela metade também: meio ar puro, meio clima estável, meio futuro.

DUDA:

Mas dá pra mudar, né? Tipo, pequenas atitudes... separar o lixo, usar menos plástico, plantar uma árvore, consumir com mais consciência.

RAFA:

Claro que dá. Só que precisa deixar de ser moda de rede social e virar prática real. E isso começa com a gente. Hoje mesmo. Aqui mesmo.

DUDA (levantando-se e pegando a latinha do chão):

Então vamos começar agora. Se cada um fizer sua parte, pelo menos a gente pode dizer que tentou cuidar do “todo”, não só do “meio”.

RAFA (sorrindo):

Fechou. Bora ser parte da solução, não do problema

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No corre da vida, o ser humano esqueceu que o planeta não é um cenário, é o palco inteiro. E, se ele desabar, não há outro lugar para continuarmos a peça. Tratar o meio ambiente só pela metade é como viver pela metade também.

É hora de mudar o olhar: a Terra não é um recurso, é nossa casa. E ninguém destrói a própria casa sem pagar um preço. Quando a gente se reconecta com a natureza, começa a entender que ela não depende de nós — somos nós que dependemos dela.

A solução não está em gestos gigantes, mas em atitudes diárias que somam. Plantar, preservar, repensar. E, acima de tudo, lembrar que “meio ambiente” só estará completo quando a gente parar de tratar o planeta pela metade.

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