— Feriado de Tiradentes... alguém aí sabe explicar, de verdade, o que a gente tá comemorando?
— Feriado, ué. Um dia a menos de aula, de trampo... já tá ótimo!
— Mas sério, vocês já pararam pra pensar que, além do descanso, talvez tenha algo mais pra tirar desse dia?
— Cara, pra mim, Tiradentes sempre foi tipo... o mártir da independência, sabe? Deu a vida e tal. Mas nunca pensei nisso como algo que conversasse com minha vida.
— Pois é aí que eu queria chegar. A gente ouve que ele foi enforcado por lutar por um Brasil livre. Mas será que a ideia de liberdade acabou lá?
— Ah, com certeza não. Mas é que, sei lá, parece distante da nossa realidade. Tipo coisa de livro de história.
— Só parece. Porque, no fundo, a gente vive nossos próprios “enforcamentos” todos os dias.
— Pesado isso aí...
— Pesado, mas real. Quem aqui nunca se sentiu preso numa situação? Num emprego, num relacionamento, num padrão que os outros impõem?
— Vixe... já me senti assim várias vezes. Tipo quando todo mundo espera que eu siga um caminho e eu nem sei se quero isso.
— Tá vendo? Tiradentes pode ser esse lembrete: lutar por liberdade não é só sobre política. É sobre viver uma vida que faça sentido pra você.
— Mesmo que isso custe caro?
— Às vezes sim. Mas liberdade tem preço. O que custa mais caro ainda é viver preso em algo que não te representa.
— Então, tipo... o feriado é pra lembrar que vale a pena lutar pelo que faz sentido?
— Exato. Ele morreu por uma causa, mas a gente pode viver pelas nossas.
— Isso muda a perspectiva. Tipo... e se cada vez que a gente escolhesse dizer “não” pra algo que nos faz mal, a gente estivesse sendo um pouco “Tiradentes”?
— Nossa! Nunca tinha pensado nisso. Mas faz sentido. É um ato de coragem, né?
— Total. Coragem de bancar suas ideias. De sonhar com algo melhor, mesmo que pareça impossível.
— Mas tem gente que vai rir, que vai criticar...
— E daí? Tiradentes também foi desacreditado, traído, julgado. A maioria dos revolucionários foi. Mas olha onde estamos hoje por causa deles.
— Tô começando a ver esse feriado com outros olhos.
— É porque ele não é sobre o passado. É sobre o agora. Sobre o que a gente faz com os nossos dias.
— E se a gente usasse esse tempo livre pra repensar onde estamos presos?
— Exatamente! Ao invés de só dormir até tarde, que tal refletir: o que eu preciso libertar em mim?
— Pode ser o medo, a dúvida, o medo de errar, o medo de não ser aceito...
— E se eu dissesse que coragem não é ausência de medo, mas fazer mesmo com medo?
— Você virou filósofo agora?
— Não, só tô tentando achar sentido nesses dias que a gente passa no automático.
— Curioso como um nome num calendário pode virar um espelho da nossa vida.
— A gente vive falando que quer mudar o mundo. Mas será que tá todo mundo disposto a pagar o preço?
— Às vezes a gente quer a liberdade, mas morre de medo de abrir a gaiola.
— E pior: tem gente que acha que a gaiola é casa.
— Gaiola dourada ainda é gaiola, mano.
— A liberdade começa quando você decide parar de viver o roteiro dos outros.
— Mesmo que, no começo, pareça solitário.
— Porque no fim, você atrai quem vibra na mesma sintonia.
— E o mais doido é que... quanto mais você se liberta, mais você inspira os outros a fazer o mesmo.
— Então... talvez a maior homenagem que a gente pode fazer ao Tiradentes não seja lembrar a morte dele.
— Mas viver a nossa vida com a mesma coragem.
— Fazer da nossa liberdade uma revolução silenciosa.
— E entender que cada escolha que a gente faz é um manifesto pessoal.
— Hoje pode ser só um feriado. Mas amanhã pode ser o dia que você decide viver com propósito.
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Tiradentes não é só um nome em uma data. É um símbolo. E símbolos ganham vida quando a gente os coloca em movimento. A maior revolução que você pode fazer é sair da zona de conforto e começar a viver uma vida que realmente represente quem você é.
Ser livre não é fazer o que quiser, mas escolher conscientemente o caminho que faz sentido. É dizer “sim” pra você mesmo, mesmo quando o mundo inteiro espera que você diga “não”.
Então, nesse feriado, ao invés de apenas descansar, pense: qual é a sua causa? O que te impede de ser livre? Porque talvez, bem aí, esteja a chave de uma vida que vale a pena.
E aí, já sabe de que prisão você quer se libertar?
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