sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Amar é enfrentar as diferenças e dificuldades, de mãos dadas.

 
            Duas amigas estão conversando sobre coisas do dia a dia, quando surge o assunto "amor".

— Ei, você acha que amar é fácil? É toda essa maravilha que se lê nos livros de romance?

— Nem um pouco. Se fosse, todo mundo estaria junto e feliz para sempre, né? Mas o que vemos são casais se divorciando, namoros que não passam de meses e muita gente solteira.

— Pois é. Mas sabe o que eu acho? Amar é meio como subir uma montanha.

— Subir uma montanha? Como assim? O que a montanha tem a ver com o amor?

— Olha só, no começo, é só empolgação. O frio na barriga, a vontade de correr até o topo. Mas depois... vêm as pedras no caminho, as dores nas pernas, o cansaço e aquela vontade de desistir.

— Sim, mas se você está com a pessoa certa, não fica mais fácil? Ter uma companhia não te dá ânimo para continuar subindo?

— Ah, fica menos solitário, isso sim. Mas mais fácil? Não sei, viu? Quem te garante que a outra pessoa também não vai cansar e pensar em desistir?

— Entendi. E as diferenças? Como lidar com isso? Às vezes os dois se amam, mas pensam e agem de formas diferentes.

— Cara, cada um tem uma maneira de ver o mundo. Um gosta de chuva, outro de sol. Um é organizado, outro vive no caos. E aí, ou você aprende a equilibrar isso ou... bom, não tem futuro. Muitos acabam antes mesmo de começar.

— Talvez o segredo seja respeitar o ponto de vista e o jeito do outro, né?

— Respeitar e entender que você não precisa mudar quem você é, mas também não pode querer que o outro mude tudo por sua causa.

— Sim... mas às vezes bate uma insegurança, tipo: “Será que vale mesmo a pena insistir?”

— Sempre bate. O lance é lembrar por que você começou. E se esse por que ainda faz sentido.

— Acho que o problema é que todo mundo quer o lado bom do amor, mas sem os perrengues. Quer viver o amor das novelas.

— Exatamente! Ninguém quer as conversas difíceis, os desentendimentos, os momentos em que você precisa ceder. Amar é também conviver com as diferenças. Até mesmo nas novelas, antes do final feliz, muitos casais passam por várias dificuldades, como brigas, ciúmes, intrigas e invejas.

— Mas também não pode ser só sofrimento, né?

— Claro que não! O amor precisa ser leve também. Mas leveza não significa falta de compromisso. E isso tem de ser dos dois lados.

— Faz sentido...

— O que eu aprendi é que amar é decidir ficar, mesmo quando tudo grita para você ir embora. Mas isso não significa se submeter a humilhações ou se diminuir.

— Tipo segurar firme na mão da pessoa e continuar?

— Exatamente. Porque tem dia que você vai estar cansada, sem paciência... e é aí que você escolhe: largo ou continuo?

— E quando a outra pessoa é tão diferente que parece que nunca vai dar certo?

— Depende. Se as diferenças são sobre coisas pequenas, é só ajustar o caminho. Agora, se são valores muito opostos e nenhum está disposto a ceder, aí talvez seja melhor cada um seguir seu rumo.

— Difícil isso, hein?

— Amar, às vezes, é difícil. Mas é bonito quando é de verdade.

— E como a gente sabe se é de verdade?

— Quando você sente que, mesmo com todas as diferenças e dificuldades, ainda assim quer tentar. Quer aprender. Quer melhorar. Quando existe respeito.

— Acho que você acabou de me convencer de que o amor é tipo uma maratona.

— Exatamente! Tem que ter preparo, dedicação e muita paciência. E, o principal: todo maratonista procura conhecer o trajeto que vai percorrer, saber onde tem que segurar e onde pode forçar mais.

— E se eu tropeçar no meio do caminho?

— Levanta e continua. E, se a pessoa certa estiver com você, ela vai te ajudar a levantar também. E isso serve para ambos.

— Entendi... amar é enfrentar tudo junto.

— De mãos dadas.

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Amar é muito mais do que sentir borboletas no estômago. É enfrentar a vida real, com seus altos e baixos, e, mesmo assim, continuar acreditando que vale a pena.

As diferenças entre as pessoas sempre vão existir, mas são elas que tornam as relações mais interessantes e cheias de aprendizado. O segredo está em saber respeitar e lidar com elas de forma leve, sem abrir mão do que é essencial para você.

Em qualquer relação, o diálogo é essencial. Falar abertamente sobre o que incomoda, sobre as expectativas e os medos, é o primeiro passo para um relacionamento saudável e duradouro.

E lembre-se: o amor de verdade não é sobre perfeição, é sobre parceria. É sobre escolher ficar, mesmo quando tudo parece difícil. Porque, no fim, amar é caminhar lado a lado, enfrentando cada desafio, de mãos dadas.

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