quarta-feira, 19 de março de 2025

O problema não é o tempo que passa, é o tempo que você desperdiça.

 
            — Mano, você já parou pra pensar em como o tempo voa? Tipo, juro que, semana passada, eu tava planejando o rolê de sábado, e agora já é quinta de novo. Tô começando a achar que o relógio tá me zoando.

— Haha, te entendo, Júlia! Às vezes, sinto que o tempo tá correndo uma maratona enquanto eu tô tropeçando no cadarço. Mas, sabe, já percebi uma coisa: o problema não é o tempo que passa, e sim o tempo que eu desperdiço. E olha, sou especialista nisso.

— Como assim? Tipo, o que você considera desperdício?

— Bom, já perdi incontáveis domingos rolando o feed do Insta, vendo vídeos de cachorro dançando enquanto minha lista de “coisas pra fazer” ficava me encarando. Sério, já gastei mais tempo escolhendo um filme na Netflix do que assistindo algum.

— Mas, às vezes, a gente precisa disso, né? Só pra dar um respiro.

— Claro, um respiro é essencial! O problema é quando o “respiro” vira um furacão de preguiça. Teve um dia em que eu disse pra mim mesmo que tava muito cansado pra sair da cama, aí passei três horas vendo tutoriais de origami no YouTube. Nunca dobrei nem um papelzinho, mas virei quase um teórico da dobradura.

— Haha, você é um gênio, cara! Mas, sério, e quando a gente quer fazer algo legal, mas não sabe nem por onde começar?

— Já passei por isso, Júlia. O importante é começar, de qualquer jeito. A gente vai ajeitando pelo caminho. No seu caso, que quer ser escritora, vai colocando no papel aquelas ideias aleatórias que aparecem de vez em quando. Um dia, pega esses papéis e monta um quebra-cabeça, analisando e reescrevendo alguns dos textos. E, quando menos esperar, já tem quase um livro pronto.

— Hm, talvez. Mas e essa pressão louca? Todo mundo dizendo que a gente tem que aproveitar agora, que depois vai ser tarde…

— Essa pressão é um pesadelo, né? Parece que, aos 20, você já tem que ser dono de uma startup ou ter viajado o mundo. Mas aprendi uma coisa: o tempo não tá aí pra te julgar. Ele só passa, quietinho. Quem decide se ele foi bem usado sou eu — ou você, no seu caso.

— Então é sobre saber o que importa? Mas e se eu escolher errado?

— Isso! O tempo é tipo uma carteira cheia de trocados. Você decide onde gasta. Já joguei muitas moedas fora tentando impressionar gente que nem ligava pra mim. Hoje, prefiro gastar com o que me faz rir ou me deixa com o peito quentinho. Olha, não existe escolha errada, só escolha que te ensina algo.

— E quando a preguiça ataca?

— Preguiça é minha velha amiga, Júlia. Ela tá sempre me acompanhando, de longe, mas ali, na espreita. Teve um sábado em que eu tava tão entregue a ela que quase virei parte do sofá. Mas aí levantei, nem que fosse pra fritar um ovo meia-boca, só pra dizer que venci. Pequenos passos já são um golaço. Já fui o cara que deixava o despertador tocar 17 vezes antes de levantar. Hoje, mudei isso.

— E o que você faz hoje pra não jogar tempo fora?

— Tento curtir o momento. Se tô com a galera, largo o celular. Se tô tentando algo novo, me jogo sem medo de parecer ridículo.

— Então é como se cada dia fosse um recomeço?

— Isso mesmo! Cada manhã é um novo começo, uma nova chance de refazer aquilo que não deu certo ontem ou, então, de começar um projeto totalmente novo.

— Acho que vou pegar aquele caderno velho e tentar escrever a história que sempre quis.

— Arrasou! E, se ficar uma bagunça, pelo menos você vai ter um rascunho pra rir depois. O tempo não perdoa quem fica na arquibancada, mas aplaude quem entra em campo — mesmo que leve um tombo.

---------------------------

Esse diálogo acima é sobre uma coisa simples, mas que a gente esquece fácil: o tempo não é o vilão da história; o jeito como a gente o usa é que faz a diferença. Não se trata de correr contra o relógio ou virar um super-herói da produtividade — é sobre escolher o que te faz feliz e correr atrás disso, mesmo que seja aos tropeços.

A moral disso tudo é simples: o tempo vai passar de qualquer jeito, mas você escolhe se ele vai ser um borrão ou uma história boa de contar. Já fui o cara que deixava os dias escorrerem entre memes e “amanhã eu vejo isso”, mas aprendi que cada segundo é um convite pra criar algo — nem que seja um ovo frito torto. Não precisa ser perfeito, só precisa ser seu. E, se esse texto te deu um empurrão, compartilha com aquele amigo que vive adiando os sonhos — vai que a gente viraliza essa vibe de fazer o tempo dançar no nosso ritmo?

Então, vai lá! Desempacota aquela ideia guardada, chama alguém pra um rolê ou só faz algo que te deixe orgulhoso antes de dormir. O relógio não para, mas você pode fazê-lo tocar no seu ritmo. E, se der errado, ria do tropeço e tente de novo — o tempo adora uma boa reviravolta. Bora fazer esse minutinho valer?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POSTAGENS MAIS LIDAS NA SEMANA