—
Cara, às vezes acho que nasci com um azar danado. Tudo o que eu tento dá
errado. Parece que o mundo inteiro tá contra mim — disse Lucas, chutando uma
pedrinha no chão.
—
Ô, Lucas, quer um conselho sincero? Para de achar que o universo tá te
perseguindo. Ele tem coisa mais importante pra fazer — respondi, rindo.
—
Engraçadinho você, hein? Mas é sério! Toda vez que tento algo novo, vem um
problema. Parece que já nasci com limite de tentativas.
— Lucas, o problema não é que você tem limite de tentativas. O problema é que você já entra achando que não vai conseguir. Tipo, se fosse videogame, você nem ia apertar Start, porque acha que vai perder.
—
Ah, claro! Porque é só pensar positivo que tudo dá certo, né? Se fosse assim,
eu já estaria milionário, morando numa praia paradisíaca!
—
Pensamento positivo sozinho não paga boleto, isso é fato. Mas deixa eu te
perguntar uma coisa: quando foi a última vez que você realmente tentou algo até
o fim?
—
Ué, eu tento direto!
—
Mas até o fim mesmo? Sem desistir no primeiro obstáculo? Sem dizer “não era pra
ser” na primeira dificuldade?
—
Ah… talvez eu desista rápido demais. Mas e daí? Se tá difícil, é porque não é
pra mim.
—
Tá vendo? Aí que tá o erro! Você limita os seus desafios em vez de desafiar os
seus limites. A vida não vai te dar nada de bandeja. Você precisa esticar os
seus próprios limites, fazer força pra ir além do que parece possível.
—
Mas como faço isso sem parecer um lunático que não sabe quando parar?
—
Simples: reconhecendo que todo grande feito nasce de um grande desafio. Olha os
atletas, por exemplo. Nenhum corredor começa vencendo maratonas. Ele desafia o
próprio limite um pouco a cada treino. No início, cansa com 1 km. Depois, 5 km.
E, de repente, 42 km viram realidade. É assim que funciona pra tudo na vida.
—
Tá, e se eu me esforçar e, mesmo assim, der errado?
—
Se der errado, você aprende e tenta de novo, mas de um jeito diferente. O erro
não é o fim, é parte do processo. Cada falha te ensina o que não fazer. O
problema é que muita gente desiste no primeiro tombo.
—
Mas como saber quando desistir e quando seguir em frente?
—
Quando o motivo pelo qual você começou ainda fizer sentido, continue. Agora, se
a razão se perdeu, aí sim pode ser hora de mudar a rota. Mas nunca pare só
porque tá difícil.
—
Isso faz sentido. Mas, sei lá… e se eu nunca for bom o suficiente?
—
Sabe quem nunca foi bom em nada? Quem nunca tentou. As pessoas que você admira
hoje, que parecem supertalentosas, já foram ruins no que fazem. A diferença é
que elas continuaram. Então, a pergunta certa é: você vai continuar ou vai
desistir?
—
Ok, eu entendi… mas ainda tenho medo de falhar.
—
O medo sempre vai existir, Lucas. A questão é se ele vai ser um muro ou um
trampolim. Você escolhe.
—
Então quer dizer que é tudo questão de escolha?
—
Sempre. Você pode escolher se encolher ou se desafiar. A diferença é que, se
você se desafiar, uma hora você chega lá.
—
Beleza, então. Vou tentar ver as coisas de outro jeito.
—
Ótimo! E quando bater a vontade de desistir, lembra dessa conversa. E me chama
pra te lembrar de novo, se precisar.
—
Pode deixar. Mas, ó, se eu ficar rico com essa mentalidade nova, te pago um
lanche, hein?
—
Negócio fechado! Mas, se não ficar rico, eu aceito um café mesmo.
—
Pelo preço do café, acho que vou preferir pagar um lanche mesmo. Hahaha.
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Sabe
o que impede muita gente de crescer? O próprio limite que colocam em si mesmos.
Quando você acredita que não consegue, já entra na luta derrotado. Mas, se
decidir desafiar seus próprios limites, vai descobrir que é capaz de muito mais
do que imagina.
A
moral da história é simples: a vida não vai te dar garantias. Mas quem enfrenta
os desafios de peito aberto, insiste e aprende com os tombos é quem mais
cresce. O segredo não é evitar os desafios, mas aprender a superá-los.
Agora,
um desafio pra você: qual limite seu precisa ser quebrado hoje? Seja qual for,
dê o primeiro passo. E, se falhar, levante-se e tente de novo. O verdadeiro
erro é parar antes da vitória.
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