quinta-feira, 13 de março de 2025

Ser diferente não é um defeito, é uma vantagem.

 
            Era uma tarde comum, dessas que o sol insiste em brilhar mesmo quando o vento frio teima em soprar. Eu estava sentado no banco da praça, mexendo no celular, quando o Lucas apareceu do nada, com aquele jeito dele de quem sempre tem algo a dizer. Ele sentou ao meu lado, bufando como se tivesse corrido uma maratona.

“Cara, você já parou pra pensar como a gente é diferente de todo mundo?” – ele perguntou, olhando pro céu como se as nuvens fossem responder.

Eu ri, meio sem jeito. “Diferente como? Tipo, porque você usa meia com chinelo e eu não?”

Ele me deu um tapa no ombro, rindo alto. “Não, idiota! Diferente de verdade. Tipo, o jeito que a gente pensa, as coisas que a gente quer. Todo mundo na escola parece seguir um roteiro, sabe? E eu... eu não encaixo nisso.”

Parei pra pensar. Ele tinha razão. O Lucas nunca foi de seguir a onda. Enquanto os outros sonhavam com vestibular, emprego fixo e carro na garagem, ele falava em viajar o mundo com uma câmera na mão. Eu, por outro lado, sempre quis escrever histórias, mesmo que me dissessem que “isso não dá dinheiro”.

“Às vezes, eu acho que ser diferente é tipo um defeito,” ele continuou, mexendo no cadarço do tênis. “Como se eu tivesse vindo com um manual errado.”

Eu balancei a cabeça, quase instintivamente. “Não é defeito, cara. É vantagem.”

Ele me olhou torto, franzindo a testa. “Vantagem? Tá louco? Todo mundo me acha esquisito porque eu não quero o que eles querem.”

“E desde quando ser igual aos outros é bom?” – retruquei, me empolgando. “Pensa bem: as pessoas que mudam o mundo nunca foram iguais. O cara que inventou o celular, os artistas que a gente admira, até aquele professor maluco da escola que todo mundo ama... Eles são diferentes.”

Lucas ficou quieto por um segundo, coçando o queixo. “Tá, mas e se ser diferente só me fizer ficar pra trás?”

“E se não ficar?” – eu disse, quase gritando. “E se ser diferente for o que te leva pra frente? Tipo, imagina você rodando o mundo, fazendo uns vídeos incríveis, enquanto os outros tão presos num escritório reclamando do chefe.”

Ele riu, mas dava pra ver que a ideia tinha acendido algo nele. “Você fala como se fosse fácil.”

“Não é fácil,” admiti, olhando pras árvores balançando com o vento. “Mas é teu. É teu jeito. E ninguém vai viver a tua vida por você.”

Ele pegou um graveto do chão e começou a riscar a terra, pensativo. “Minha mãe vive dizendo que eu preciso ‘me encontrar’. Mas e se eu já me encontrei e o problema é que ninguém entende?”

“Então deixa eles não entenderem,” eu disse, dando de ombros. “Ser diferente não é pra agradar os outros. É pra te fazer feliz.”

Lucas levantou a sobrancelha. “E tu? Tu tá feliz sendo o ‘escritor sonhador’ que ninguém leva a sério?”

Eu ri, mas senti um aperto no peito. “Às vezes, não. Às vezes, eu penso em desistir e seguir o caminho que todo mundo acha normal. Mas aí eu lembro que escrever é a única coisa que me faz sentir vivo.”

“Então é isso?” – ele perguntou, jogando o graveto pra longe. “A gente tem que aguentar ser diferente porque é o que nos faz sentir vivos?”

“Exato,” respondi, apontando pra ele como se fosse um gênio. “Ser diferente não é um defeito que você carrega. É a vantagem que te empurra.”

Ele ficou me olhando, como se estivesse digerindo aquilo. “Sabe, eu sempre achei que ser diferente era tipo um peso. Mas agora... agora parece mais um superpoder.”

“É um superpoder!” – eu disse, rindo. “Tipo, pensa nos heróis dos quadrinhos. Eles são todos esquisitos, cara. E é exatamente por isso que eles salvam o dia.”

Lucas deu um sorriso torto. “Então eu sou tipo o Homem-Aranha?”

“Se o Homem-Aranha usasse meia com chinelo, sim,” provoquei, e ele me deu outro tapa no ombro.

A conversa ficou mais leve depois disso. A gente começou a falar sobre nossos planos malucos – ele com os vídeos, eu com os livros. E, pela primeira vez, não parecia tão louco assim. Parecia possível.

“Às vezes, eu acho que a gente só precisa de alguém pra dizer que tá tudo bem ser assim,” ele falou, olhando pra frente.

“Pois é,” concordei. “E tá tudo bem. Ser diferente é o que nos torna quem a gente é.”

Ele pegou a mochila e se levantou, esticando os braços. “Tá bom, super-herói. Vamos usar nossos poderes pra fazer algo foda?”

Eu ri e me levantei também. “Combinado. Mas sem meia com chinelo no meu livro, hein?”

Ele jogou a cabeça pra trás, gargalhando. “Sem promessas, cara. Sem promessas.”

E ali, naquela praça qualquer, com o sol começando a se pôr, eu senti que ser diferente não era só uma vantagem. Era o que nos fazia livres.

------------------

A ideia toda é simples, mas poderosa: ser diferente não é algo pra se envergonhar, é o teu maior trunfo. A gente vive num mundo que tenta encaixar todo mundo numa caixinha – mesma roupa, mesmo sonho, mesma vida. Mas quando você abraça o que te faz único, é como se abrisse uma porta que ninguém mais tem a chave. E, olha, jovem de 15 a 25 anos que tá lendo isso: você tem essa chave na mão agora mesmo.

Pensa comigo: quantas vezes você já se sentiu estranho por querer algo diferente ou por não se encaixar? Eu aposto que já rolou aquele momento de olhar no espelho e pensar “será que eu sou o problema?”. Mas a verdade é que o problema não é você – é o roteiro chato que tentam te fazer seguir. Ser diferente é o que te dá a chance de criar algo novo, de viver uma história que ninguém mais pode contar. E se isso não é motivador, eu não sei o que é! Compartilha esse texto com alguém que precisa ouvir isso hoje, vai!

No fim das contas, o Lucas e eu percebemos que nossos “superpoderes” não vêm de capas ou raios lasers, mas de aceitar quem a gente é e correr atrás do que nos faz vibrar. Então, pega essa ideia e faz ela viralizar: ser diferente é a tua vantagem, é o teu jeito de deixar uma marca no mundo. Bora usar isso pra construir algo incrível?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POSTAGENS MAIS LIDAS NA SEMANA