terça-feira, 8 de abril de 2025

Identifique e elimine pensamentos tóxicos.

 
            — Cara, sabe aquele pensamento chato que fica te dizendo que você não é bom o bastante?

— Sei. Ele me visita todo dia. Às vezes, até dorme lá em casa.

— Então… a gente precisa expulsar esse inquilino aí. Pensamento tóxico é tipo hóspede folgado: chega sem avisar, ocupa espaço e ainda come seu Danoninho.

— E como é que eu coloco ele pra fora? Já tentei ignorar, mas ele fica mais alto, mais irritante. Igual propaganda de site pirata.

— Ignorar não resolve. Eu comecei a conversar com esses pensamentos. Sério. Quando vem aquela voz dizendo: “Você vai fracassar”, eu respondo: “Baseado em quê, meu anjo?”.

— Peraí… você discute com seus pensamentos?

— Claro! A mente é minha, ué. Não vou deixar ela virar bagunça. Se um pensamento é invasivo e repetitivo, ele está querendo roubar meu espaço de crescimento.

— E funciona?

— Funciona. Mas precisa de prática. Tipo academia: você treina o músculo do pensamento positivo. No começo, dói, parece ridículo… mas depois fica natural.

— Engraçado… eu sempre achei que pensar positivo fosse coisa meio forçada. Tipo aquelas placas de “Sorria” no dentista.

— É forçado mesmo. No começo. Mas o cérebro aprende por repetição. Se você se chama de inútil todo dia, uma hora você acredita. Se você se chama de forte, de capaz… adivinha?

— Também acredita?

— Exato. A mente não tem muito senso de humor. Ela acredita em tudo o que você fala com convicção.

— Então meus pensamentos tóxicos estão ganhando porque eu sou um ótimo vendedor de ideias ruins pra mim mesmo?

— Bingo. Você é tipo um influenciador da negatividade. Mas a boa notícia é que dá pra mudar o conteúdo do canal.

— Tá, mas como eu identifico o que é pensamento tóxico e o que é só medo normal?

— Pergunta se aquele pensamento te empurra pra frente ou te paralisa. Se ele só critica, julga e não te ajuda a melhorar, ele é tóxico. Medo saudável orienta; pensamento tóxico afunda.

— Tipo: “Estude, porque a prova é difícil” é ok. Agora, “Você nunca vai passar” já é veneno.

— Isso aí. Um te prepara. O outro te sabota.

— E você elimina como? Joga fora? Apaga?

— Eu costumo escrever. Pego uma folha, anoto os pensamentos podres que estão me rondando. Só de colocar no papel, já perco metade do medo. Depois, escrevo a resposta que eu deveria dar pra mim mesmo. Uma versão mais justa.

— Caraca, parece terapia.

— É quase isso. E, às vezes, é o que dá pra fazer quando a gente não tem acesso a ela.

— Mas e quando o pensamento vem de alguém? Tipo um amigo que só aponta defeito, só bota pra baixo?

— Aí é mais complicado. Porque, às vezes, o pensamento tóxico está usando voz conhecida. Mas o processo é o mesmo: questiona. Rebate. Nem toda crítica é pra ser engolida.

— Já passei por isso. E fiquei me sentindo mal por semanas. Como se eu fosse mesmo tudo aquilo que me falaram.

— Acontece. Mas pensa assim: se a crítica não vem com uma solução, ela é só veneno disfarçado.

— Tá, então… limpar pensamentos tóxicos é tipo fazer faxina mental, né?

— Perfeito. E, igual faxina, sempre tem mais poeira do que a gente esperava. Mas vale a pena.

— Então, toda vez que minha cabeça virar zona, eu paro, escrevo, converso comigo e dou uma limpada?

— Isso. E outra coisa: se você não cuidar do que entra na sua mente, alguém vai jogar lixo lá. E, se você não tira, o lixo acumula.

— E depois vem o rato, o bicho, a infestação…

— Exato. Depois, você está aí com insônia, ansiedade, travado na vida e nem sabe por quê. É tudo resultado de pensamentos mal administrados.

— Pior que faz sentido. Nunca ninguém me falou disso assim.

— Pois é. A gente cuida do cabelo, do corpo, da roupa… mas deixa a mente largada. A parte mais importante, a que comanda tudo, fica suja.

— Então, resumindo: identificar o pensamento tóxico, conversar com ele, rebater, jogar fora e limpar com frequência. Tipo rotina mesmo.

— Isso. E ser gentil com você nesse processo. Tem pensamento tóxico que se disfarça de voz de mãe, de ex, de professor… demora até a gente perceber que ele não é nosso.

— Agora fiquei pensando… quantas vezes eu repeti coisas horríveis pra mim mesmo, achando que era normal?

— Pois é. Bora trocar esse disco arranhado. Tua mente é tua casa. E você merece morar num lugar limpo.

— Valeu, cara. Essa conversa aqui foi tipo um detox mental. Melhor que suco verde.

— Sempre à disposição. A mente agradece. Agora só falta colocar em prática.

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Quantas vezes você acreditou num pensamento que só te sabotava? Quantas vezes você deixou esse tipo de voz comandar o rumo da sua vida? O que muita gente não te conta é que pensamento tóxico é traiçoeiro. Ele vem com a tua voz, no teu tom, usando as tuas palavras. E você acredita. Porque parece verdade. Mas não é.

Se tem algo que você precisa começar a fazer agora, é questionar esses pensamentos. Não aceite tudo o que sua mente fala. Analise. Pergunte. Reescreva. Treine sua cabeça para pensar com mais leveza, mais esperança e menos julgamento. Sua mente precisa ser um lugar onde você se sente seguro — e não um campo de guerra.

Então, se esse texto te fez pensar, te cutucou, te ajudou de alguma forma, faz uma coisa: compartilha com alguém que anda se intoxicando sem perceber. Às vezes, tudo de que a pessoa precisa é dessa conversa aqui. E você pode ser o ponto de virada na vida dela.

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