quarta-feira, 2 de abril de 2025

O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.

 
            — Sabe o que percebi outro dia? Tem gente que faz um barulho danado, fala alto, gesticula, se acha o centro do universo… mas, quando você presta atenção, não há nada de verdade ali. É só barulho.

— Você está falando de alguém específico ou isso é um pensamento filosófico?

— Um pouco dos dois. Mas, filosoficamente falando, já reparou como os tambores fazem um barulhão, mas, por dentro, são vazios?

— Boa metáfora. Mas qual é a conexão com as pessoas?

— Simples. Tem muita gente que quer chamar atenção a qualquer custo. Faz escândalo, quer ser a mais popular, vive postando sobre como é incrível… mas, quando você se aproxima, percebe que não há substância. São ocos, não têm profundidade.

— Então você está dizendo que pessoas que falam demais são vazias?

— Não exatamente. O problema não é falar muito, e sim falar sem ter algo real por trás. Não adianta gritar se o que você tem a dizer não vale nada. Quem faz barulho demais para ser notado geralmente está tentando compensar alguma falta.

— Isso faz sentido. Mas como a gente diferencia quem é só barulho de quem realmente tem conteúdo?

— Preste atenção no que a pessoa faz, não no que ela diz. Quem é realmente bom não precisa ficar se autoafirmando o tempo todo. O talento, o esforço e o caráter de alguém aparecem sem necessidade de propaganda exagerada.

— Mas e quem já caiu nesse jogo de querer parecer mais do que realmente é?

— Sempre dá para mudar. Em vez de tentar impressionar os outros com barulho, é melhor focar em se tornar alguém de verdade: construir algo sólido, aprender, evoluir. O reconhecimento vem naturalmente quando você tem substância.

— Mas a sociedade parece premiar os que fazem mais barulho, não é? Os influenciadores cheios de polêmica, os caras que se vendem como geniais, mesmo sem entregar nada de valor…

— É verdade, no curto prazo. Mas quem só faz barulho uma hora perde a graça. As pessoas percebem que não há nada ali. Agora, quem constrói algo real pode até demorar para ser reconhecido, mas, quando acontece, é duradouro.

— Então, no final, o tambor barulhento se desgasta e o som dele se perde?

— Exatamente. Enquanto isso, quem tem conteúdo pode até começar mais baixo, mas, uma hora, a voz ecoa de verdade.

— Isso é difícil. Dá vontade de gritar também, só para ser notado…

— Eu sei. Mas sabe o que vale mais a pena? Ser alguém que sabe o que dizer e quando dizer. Alguém a quem as pessoas gostam de ouvir. Não porque grita, mas porque tem algo que merece ser ouvido.

— Então a chave é trocar barulho por relevância?

— Isso. Em vez de encher o peito de vento para parecer grande, melhor encher a mente e o coração de conhecimento, valores e experiências reais.

— E como se faz isso?

— Lendo, ouvindo, errando, aprendendo, vivendo de verdade. Preocupando-se menos em parecer e mais em ser.

— Gostei dessa conversa. Me fez pensar.

— O primeiro passo para deixar de ser um tambor vazio é justamente esse: começar a pensar.

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O mundo está cheio de gente que grita para chamar atenção, mas poucos têm algo realmente valioso a dizer. Se você quer ser lembrado, construa algo que valha a pena. Seja alguém que faz a diferença, não apenas alguém que faz barulho.

Construir profundidade leva tempo. Requer paciência, aprendizado e, principalmente, humildade para entender que a jornada importa mais do que a aparência. Quem tem algo valioso a dizer, mais cedo ou mais tarde, será ouvido. Mas quem vive apenas do barulho, inevitavelmente, será esquecido.

Se este texto mexeu com você, pense nisso: daqui a cinco anos, você quer ser lembrado pelo que construiu ou pelo barulho que fez? A escolha é sua. Agora, compartilhe essa ideia com quem ainda acha que volume é mais importante que valor.

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