—
Sabe o que percebi outro dia? Tem gente que faz um barulho danado, fala alto,
gesticula, se acha o centro do universo… mas, quando você presta atenção, não
há nada de verdade ali. É só barulho.
—
Você está falando de alguém específico ou isso é um pensamento filosófico?
—
Um pouco dos dois. Mas, filosoficamente falando, já reparou como os tambores
fazem um barulhão, mas, por dentro, são vazios?
— Simples. Tem muita gente que quer chamar atenção a qualquer custo. Faz escândalo, quer ser a mais popular, vive postando sobre como é incrível… mas, quando você se aproxima, percebe que não há substância. São ocos, não têm profundidade.
—
Então você está dizendo que pessoas que falam demais são vazias?
—
Não exatamente. O problema não é falar muito, e sim falar sem ter algo real por
trás. Não adianta gritar se o que você tem a dizer não vale nada. Quem faz
barulho demais para ser notado geralmente está tentando compensar alguma falta.
—
Isso faz sentido. Mas como a gente diferencia quem é só barulho de quem
realmente tem conteúdo?
—
Preste atenção no que a pessoa faz, não no que ela diz. Quem é realmente bom
não precisa ficar se autoafirmando o tempo todo. O talento, o esforço e o
caráter de alguém aparecem sem necessidade de propaganda exagerada.
—
Mas e quem já caiu nesse jogo de querer parecer mais do que realmente é?
—
Sempre dá para mudar. Em vez de tentar impressionar os outros com barulho, é
melhor focar em se tornar alguém de verdade: construir algo sólido, aprender,
evoluir. O reconhecimento vem naturalmente quando você tem substância.
—
Mas a sociedade parece premiar os que fazem mais barulho, não é? Os
influenciadores cheios de polêmica, os caras que se vendem como geniais, mesmo
sem entregar nada de valor…
—
É verdade, no curto prazo. Mas quem só faz barulho uma hora perde a graça. As
pessoas percebem que não há nada ali. Agora, quem constrói algo real pode até
demorar para ser reconhecido, mas, quando acontece, é duradouro.
—
Então, no final, o tambor barulhento se desgasta e o som dele se perde?
—
Exatamente. Enquanto isso, quem tem conteúdo pode até começar mais baixo, mas,
uma hora, a voz ecoa de verdade.
—
Isso é difícil. Dá vontade de gritar também, só para ser notado…
—
Eu sei. Mas sabe o que vale mais a pena? Ser alguém que sabe o que dizer e
quando dizer. Alguém a quem as pessoas gostam de ouvir. Não porque grita, mas
porque tem algo que merece ser ouvido.
—
Então a chave é trocar barulho por relevância?
—
Isso. Em vez de encher o peito de vento para parecer grande, melhor encher a
mente e o coração de conhecimento, valores e experiências reais.
—
E como se faz isso?
—
Lendo, ouvindo, errando, aprendendo, vivendo de verdade. Preocupando-se menos
em parecer e mais em ser.
—
Gostei dessa conversa. Me fez pensar.
—
O primeiro passo para deixar de ser um tambor vazio é justamente esse: começar
a pensar.
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O
mundo está cheio de gente que grita para chamar atenção, mas poucos têm algo
realmente valioso a dizer. Se você quer ser lembrado, construa algo que valha a
pena. Seja alguém que faz a diferença, não apenas alguém que faz barulho.
Construir
profundidade leva tempo. Requer paciência, aprendizado e, principalmente,
humildade para entender que a jornada importa mais do que a aparência. Quem tem
algo valioso a dizer, mais cedo ou mais tarde, será ouvido. Mas quem vive
apenas do barulho, inevitavelmente, será esquecido.
Se
este texto mexeu com você, pense nisso: daqui a cinco anos, você quer ser
lembrado pelo que construiu ou pelo barulho que fez? A escolha é sua. Agora,
compartilhe essa ideia com quem ainda acha que volume é mais importante que
valor.
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