Lucas, um jovem de 17 anos, e Marina, sua prima de 22 anos, estavam aproveitando a sombra no quintal de casa, tentando amenizar o calorão que fazia naquela tarde.
—
Marina, você já parou pra pensar no que significa ser uma pessoa boa de
verdade? Tipo, eu vejo um monte de gente falando que é legal, que ajuda os
outros, mas só com quem conhece. Isso conta?
— (risos) Boa pergunta, Lu! Sabe, eu já me fiz essa pergunta um milhão de vezes. Ser bom só pros amigos ou pra família é fácil, né? Mas deixa eu te contar uma coisa: ser bom de verdade é tipo plantar uma árvore que você nem sabe se vai dar sombra pra você um dia. É fazer o bem sem esperar o troco, sem querer likes ou tapinha nas costas.
—
Hum, tá, mas como assim? Tipo, se eu ajudo meu amigo com a lição de casa, isso
não é ser bom?
—
É, claro que é um começo! Mas pensa comigo: e se você visse um cara na rua
precisando de ajuda, tipo, ele derrubou as compras no chão, e você nunca viu
ele na vida? Você pararia pra ajudar ou fingiria que não viu?
—
Acho que eu ajudaria… Mas, sei lá, depende do dia, né? Se eu tiver com pressa…
—
Exatamente! (dá um tapinha no ombro dele) É aí que a coisa pega. Ser bom de
verdade não depende do seu humor, do seu tempo ou se a pessoa é seu parça. É
sobre fazer o que é certo mesmo quando ninguém tá olhando, mesmo quando é um
estranho que você nunca mais vai ver.
—
Tá, mas por que isso importa tanto? Quer dizer, se eu sou legal com meus
amigos, já tá de bom tamanho, não tá?
—
Não é bem assim, Lu. Pensa num lago. Se você joga uma pedrinha, as ondas vão se
espalhando, né? Ser bom pra quem você não conhece é tipo jogar várias pedrinhas
no lago. Você nunca sabe até onde essas ondas vão chegar. Talvez aquele cara
que você ajudou na rua vá pra casa e seja mais gentil com a família dele. E aí
a família dele fica mais feliz, e por aí vai.
—
Nossa, nunca pensei nisso assim. Mas, tipo, e se a pessoa nem agradecer? Ou
pior, se for grossa?
—
(risos) Aí é que tá a graça! Eu já passei por isso. Uma vez, parei pra ajudar
uma senhora que tava com dificuldade de atravessar a rua com um monte de
sacolas. Eu peguei as sacolas, quase virei halterofilista ali, e ela nem olhou
pra mim, só resmungou algo e foi embora. Fiquei chateada? No começo, sim. Mas
depois pensei: “Marina, você não fez isso pra ganhar um Oscar. Você fez porque
era o certo.”
—
Caramba, você é tipo um super-herói sem capa, né?
—
(gargalhando) Quase isso! Mas, sério, não precisa ser nada grandioso. Às vezes,
é só segurar a porta pra alguém, oferecer um sorriso ou ouvir uma pessoa que tá
precisando desabafar. Essas coisinhas pequenas, quando você faz sem esperar
nada, é que mostram quem você é de verdade.
—
Tá, mas e se eu fizer isso tudo e ninguém perceber? Tipo, ninguém vai saber que
eu sou uma pessoa boa.
—
E desde quando ser bom é sobre ganhar aplausos? Eu te digo uma coisa: a melhor
parte de ser bom pros outros, mesmo os desconhecidos, é que isso muda você.
Sério, Lu, cada vez que eu faço algo por alguém sem esperar nada, sinto uma paz
danada. É como se eu tivesse colocado um tijolinho na construção de um mundo
melhor.
—
Hum, isso faz sentido. Mas, tipo, e se eu não tiver tempo pra ficar ajudando
todo mundo?
—
Ninguém tá dizendo pra você virar o Salvador da Pátria, relaxa! É sobre estar
atento. Sabe aquele momento em que você vê alguém precisando de uma mãozinha?
Não vira a cara. Não precisa salvar o mundo todo dia, mas dá pra fazer a
diferença em pedacinhos.
—
Certo, mas e se eu ajudar e a pessoa nem precisar? Tipo, eu fico com vergonha
de oferecer ajuda e levar um fora.
—
Já passei por isso também! Uma vez, vi um cara no mercado com cara de perdido e
ofereci ajuda. Ele me olhou como se eu fosse de outro planeta e disse: “Tô de
boa, valeu.” Fiquei vermelha igual um pimentão! Mas sabe o que aprendi? Não é
sobre acertar sempre. É sobre tentar. Se você tenta e leva um fora, pelo menos
foi corajoso o suficiente pra oferecer o seu melhor.
—
Tá, mas isso não é meio… sei lá, utópico? Quer dizer, o mundo tá cheio de gente
egoísta.
—
E é por isso que a gente precisa fazer a nossa parte! Eu sei que o mundo não é
um conto de fadas. Tem gente que vai te ignorar, te julgar ou até rir da sua
cara. Mas ser bom não é sobre o outro, é sobre você. É sobre não deixar o
egoísmo dos outros apagar a sua luz.
—
Caramba, Marina, você fala como se tivesse lido um livro de autoajuda! (rindo)
—
(rindo junto) Talvez eu tenha lido um ou dois! Mas, sério, eu aprendi isso na
raça. Quando eu era mais nova, achava que ser legal era só pros meus amigos,
minha família. Mas aí comecei a perceber que o mundo é muito maior que o meu
quintal. E, se eu quero viver num lugar melhor, tenho que começar por mim.
—
Tá, mas como eu começo? Tipo, o que eu faço amanhã pra ser mais… sei lá, “bom”
assim?
—
Começa com o básico. Sorria pra alguém na escola, aquele menino que todos
ignoram ou aquela menina que não consegue se enturmar. Ajuda um colega que tá
perdido na matéria. Ou, sei lá, dá lugar para um idoso no ônibus. Pequenas
coisas, Lu. Elas vão te mostrando o caminho.
—
Hum, acho que posso tentar. Mas, tipo, e se eu esquecer? Ou se eu não tiver
vontade?
—
Normal, a gente não é perfeito! Eu também tenho dias em que tô de mau humor e
só quero ficar na minha. Mas sabe o que ajuda? Lembrar que ser bom é uma
escolha. E toda vez que você escolhe fazer o bem, mesmo que seja algo pequeno,
você tá treinando pra ser uma versão melhor de si mesmo.
—
Tá bom, Marina, você me convenceu. Vou tentar ser mais “jogador de pedrinhas no
lago”. (rindo)
—
Esse é o espírito, Lu! E, ó, se você tropeçar, não tem problema. Levanta,
sacode a poeira e joga outra pedrinha. O importante é não parar.
—
Beleza, prima. Acho que vou começar amanhã. Quem sabe eu viro um cara tão legal
quanto você?
—
(sorrindo) Você já é, Lu. Só precisa espalhar isso pro mundo. Agora vem, vamos
pegar um sorvete pra comemorar essa conversa de gente grande!
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Você
já parou pra pensar no impacto que suas ações podem ter? O diálogo entre Lucas
e Marina é mais do que uma conversa de quintal — é um convite pra gente
refletir sobre o que significa ser uma pessoa boa de verdade. A metáfora das
pedrinhas no lago que Marina usa é poderosa: cada gesto de bondade, por menor
que seja, cria ondas que podem transformar o dia de alguém, ou até a vida de
muita gente. E o mais legal? Isso não exige que você seja rico, famoso ou um
super-herói. Só exige que você escolha fazer o bem, mesmo quando ninguém tá
olhando, mesmo quando é pra alguém que você nunca viu antes.
Ser
bom só pra quem você conhece é confortável, mas é no desconforto de ajudar um
estranho, de oferecer um sorriso sem esperar nada em troca, que você descobre
quem você realmente é. E, olha, não é sobre ser perfeito. É sobre tentar,
tropeçar, rir de si mesmo (porque, sim, às vezes você vai levar um fora épico!)
e continuar tentando. A moral aqui é simples: o mundo precisa de mais gente
jogando pedrinhas no lago, e você pode ser uma dessas pessoas. Então, levanta
do sofá, dá um passo de cada vez e faz a diferença. Você não imagina o quanto
isso pode mudar tudo — pra você e pros outros.
E,
ó, não guarda esse texto só pra você! Manda pro seu grupo do WhatsApp, posta no
Stories, marca aquele amigo que vive dizendo que “o mundo tá perdido”. Mostre
que ele tá errado, que dá pra fazer a diferença, sim, e que começa com a gente.
Vamos viralizar essa ideia? Porque, no fim das contas, ser bom de verdade é a
maior revolução que a gente pode começar. Bora lá?
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