quinta-feira, 19 de junho de 2025

NUM SIMPLES OLHAR PELA JANELA

Sentado em frente ao computador, buscando inspiração,
Entre pensamentos vagos e momentos de reflexão,
Meus olhos se perdem na janela, a observar,
Onde está o Sol que brilhava com todo o seu esplendor?
Enquanto dedilho as teclas, as nuvens surgem sorrateiras,
Aproveitando-se da minha distração derradeira,
E o Vento chega, sussurrando melodias e segredos.
Ele dança pelas ruas, pelas casas, pelas árvores.
Pela janela, ele me convida a voar em seus braços,
Fazendo papéis dançarem, causando algum embaraço.
Mas não sei voar, murmuro, como se fosse um segredo meu.
“Usa tua imaginação!”, ele grita, desafiador.
Com um estrondo, a janela se abre, em resposta ao seu apelo,
E a Chuva se junta à dança, suave e singela.
Alguns de seus pingos me atingem, ao entrarem pela janela.
Seu aroma de terra molhada envolve o ar,
E ela me convida a descansar, a me aquietar.
“Você teve um dia pesado”, dizem os pingos,
Com seu ritmo cadenciado, acalmando minha alma.
E, no som do trovão, volto à realidade, saltando.
Foram minutos que pareceram uma eternidade, sonhando.
Simplesmente ao olhar pela janela, mergulhei em poesia,
Na dança do Vento, na canção da Chuva, na minha fantasia.

Pedroteicheira@gmail.com

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