— Ei, Bê, já
sentiu aquela coisa estranha de correr atrás de algo, mas não saber se está no
caminho certo? Às vezes fico olhando pra trás, pensando se não deveria ter
feito tudo diferente...
— Nossa, Lara,
já passei por isso um milhão de vezes! Sabe, essa dúvida é como um mosquito
zumbindo no ouvido. Mas vou te contar um segredo que descobri: você está no
caminho certo quando perde o interesse de olhar pra trás. Sério, é tipo ganhar
um superpoder!
— Hã? Perder o interesse de olhar pra trás? Parece bonito, tipo poesia, mas não sei se entendi direito...
— Haha, deixa
eu te explicar. Olhar pra trás é como ficar preso num looping de "e
se". E se eu tivesse escolhido outro curso? E se eu tivesse falado com
aquela pessoa? E se eu não tivesse desistido daquele sonho? Isso é um buraco
negro, cara. Suga tua energia e te deixa parada no mesmo lugar.
— Tá, mas às
vezes olho pra trás pra aprender com meus erros, sabe? Não é bom refletir um
pouco?
— Claro que é!
Refletir é tipo arrumar a bagunça da tua mente. Mas tem uma diferença entre
aprender com o passado e ficar morando nele. Quando você está no caminho certo,
o passado vira uma lição, não uma âncora.
— Hmm, acho que
tô começando a sacar. Mas como eu sei que tô no caminho certo? Tipo, às vezes
sinto que tô andando em círculos.
— Olha, vou te
contar como foi comigo. Teve uma época em que eu vivia olhando pra trás,
pensando em todas as vezes que meti os pés pelas mãos. Mas aí percebi uma
coisa: quando comecei a correr atrás do que realmente me fazia vibrar — tipo
aquele projeto de fotografia que te contei —, parei de ficar remoendo o que deu
errado. O foco mudou, sabe?
— Tá, mas e se
o caminho que eu tô seguindo agora não for o "certo"? E se eu estiver
me iludindo?
— Essa é a
pegadinha! Não existe um caminho "certo" como se fosse uma estrada
com placa de neon piscando. O caminho certo é aquele que te faz sentir viva,
que te empurra pra frente. Sabe quando você está tão empolgada com algo que
esquece de checar o retrovisor? É isso!
— Hmm, tipo
quando eu tô desenhando e perco a noção do tempo? É como se o mundo sumisse...
— Exatamente!
Quando você está tão imersa no que ama, o passado vira só um borrão. Não é que
ele não importe, mas ele deixa de mandar em você. É como se a tua energia
tivesse mudado de frequência, sabe?
— Tá, mas e se
eu ainda sinto saudade de algumas coisas? Tipo amigos que perdi contato ou
sonhos que deixei pra trás?
— Saudade é
normal. Eu também sinto. Mas saudade não é o mesmo que querer voltar. É tipo
visitar um museu: você admira, lembra, mas não quer morar lá. Quando você está
no caminho certo, a saudade vira uma memória quentinha, não um peso.
— Você fala
como se fosse fácil, Bê. Às vezes, sinto ele me puxando pra trás, tipo uma
corda.
— Eu sei, não é
fácil mesmo. Teve um dia em que eu estava tão perdido que sentei no chão do
quarto e chorei olhando uma foto antiga. Mas aí percebi que ficar olhando
praquela foto não ia me levar a lugar nenhum. O que me tirou do buraco foi dar
um passo, mesmo que pequeno, na direção do que eu queria ser.
— Tipo o quê?
Me dá um exemplo!
— Tá, vou te
contar uma história engraçada. Quando decidi que queria aprender fotografia,
comprei uma câmera usada que parecia saída de um museu de tecnologia. Sério,
parecia que ia desmontar na minha mão! Mas comecei a tirar fotos, mesmo sendo
horríveis no começo. Cada clique me fazia esquecer um pouquinho das coisas que
eu achava que tinha perdido.
— Haha, sério?
Uma câmera jurássica? E isso te ajudou a seguir em frente?
— Pois é!
Parece bobo, mas cada foto ruim era um passo. E sabe o que aconteceu? Quanto
mais eu me jogava naquilo, menos eu pensava no que tinha ficado pra trás. O
caminho certo não é perfeito, Lara — é só o que te mantém andando.
— Tá, mas e se
eu não souber qual é o meu caminho? Tipo, às vezes sinto que não tenho um
norte.
— Relaxa,
ninguém nasce com um GPS interno. Eu também não sabia! O truque é testar. Tenta
uma coisa, depois outra. Se não der certo, você aprende e segue. O caminho
certo aparece quando você começa a caminhar — não quando você fica parada
esperando um mapa.
— Hmm, isso faz
sentido. Mas e se eu errar de novo? Tipo, escolher o caminho errado?
— Errar é parte
do pacote! Eu já errei tanto que podia escrever um livro só com as minhas
mancadas. Mas cada erro me ensinou algo. O caminho certo não é o que não tem
buracos, é o que você escolhe continuar mesmo tropeçando.
— Tá, Bê, você
tá me convencendo. Mas como eu sei que tô tão focada que não quero mais olhar
pra trás?
— É simples:
você sente. É quando está tão empolgada com o presente e com o que está por vir
que o passado vira só uma história que você conta rindo. Tipo: “Nossa, lembra
quando eu achei que aquele emprego era o fim do mundo?”
— Haha, tipo
quando eu chorei porque não passei naquele vestibular? Hoje eu dou risada!
— Exato! Quando
você ri do que te fez chorar, é sinal de que está no caminho certo. É como se o
passado virasse um amigo que você visita de vez em quando, mas não é mais o
dono da tua vida.
— Tá bom, Bê,
acho que peguei a vibe. Então é tipo... seguir em frente e deixar o passado ser
só um pedaço da história?
— Isso! O
caminho certo é aquele que te faz querer olhar pro horizonte, não pro
retrovisor. E, olha, quando você começa a sentir isso, é como se o mundo
abrisse um monte de portas. É só dar o primeiro passo — mesmo que seja com uma
câmera jurássica na mão!
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Sabe aquele
momento em que você sente que está perdido, mas, ao mesmo tempo, tem uma faísca
de vontade de tentar algo novo? Esse diálogo entre Lara e Bê é para te lembrar
que o caminho certo não é uma estrada perfeita com placas brilhantes. É aquele
que te faz sentir vivo, que te puxa para frente mesmo quando você tropeça. A
metáfora “você está no caminho certo quando perde o interesse de olhar para
trás” é sobre isso: deixar o passado ser uma lição, não uma prisão. Quando você
se joga no que ama, o “e se” vai ficando cada vez mais quieto, até virar só um
sussurro.
Se está difícil
saber por onde começar, experimente algo pequeno. Escreva uma ideia num
caderno, tente um hobby novo, chame aquele amigo para conversar sobre sonhos
loucos. O importante é dar o primeiro passo, mesmo que seja torto. E, ó, não
precisa ter todas as respostas agora. O caminho certo vai se desenhando
enquanto você anda, e cada erro é só um jeito de aprender a andar melhor.
Então, bora? Compartilhe essa ideia com alguém que precisa de um empurrão,
marque aquele amigo que está meio travado e vamos juntos olhar para o horizonte.
E, sério, se
até uma câmera jurássica pode virar o começo de uma aventura, imagina o que
você pode fazer com o que tem na mão hoje? Pegue essa energia, ria dos tropeços
e vá descobrir o teu caminho. O futuro está te esperando — e ele é bem mais
legal do que o retrovisor!
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