terça-feira, 22 de julho de 2025

A Alma diz: - Encontre a paz e tudo entrará nos eixos. O Ego diz: - Quanto tudo entrar nos eixos você encontrará a paz.

 
            Numa tarde quente, com o sol pedindo um picolé, dois amigos, Lucas e Gabi, estão sentados num banco de praça, vendo a vida passar. Lucas, 17 anos, tem aquele olhar perdido de quem tenta montar um quebra-cabeça sem todas as peças.

— Gabi, às vezes sinto que tô correndo atrás de um monte de coisa, sabe? Vestibular, um trampo legal, um canal no YouTube que bombe… Mas parece que nunca chego lá. Tô exausto.

— Sei como é, Lucas. A vida parece uma maratona sem linha de chegada, né? Mas deixa eu te contar uma coisa que aprendi na raça: tem duas vozes dentro da gente brigando o tempo todo. A Alma, que é calma, tipo aquele amigo que te chama pra tomar um sorvete e relaxar. E o Ego, que fica gritando: “Corre, faz mais, prova que tu é o cara!”

— Duas vozes? Tô ficando maluco e ninguém me avisou?

— Não, bobo! É só uma metáfora, relaxa. A Alma é aquela parte de você que sabe quem você é de verdade. Ela não liga pra curtidas ou praquela nota máxima. Ela quer que você encontre paz, sabe? Tipo, curtir o momento, sentir o vento na cara, rir com os amigos.

— Tá, e o Ego? É o vilão da história?

— Não exatamente. O Ego também quer te ajudar, mas ele é meio… exagerado. Ele acha que você só vai ser feliz quando tudo estiver nos eixos: nota boa, emprego dos sonhos, mil seguidores. Ele te empurra pra correr sem parar, mas nunca te deixa chegar.

— Mano, isso é muito eu! Tô sempre pensando: “Se eu passar no vestibular, aí sim vou sossegar.” Mas quando passo numa prova, já penso na próxima.

— Exato! O Ego é especialista em querer atropelar tudo. Você conquista uma coisa, e ele já tá apontando pra outra. “Tá, legal, mas e agora?” A Alma, por outro lado, diz: “Para um pouco, curte o que você já tem. A paz vem primeiro, e aí as coisas se ajeitam.”

— Mas como assim? Tipo, eu paro tudo e fico meditando num monte?

— Não precisa virar monge! É mais sobre ouvir o que te faz bem de verdade. Sabe aquele dia que você riu até a barriga doer com seus amigos? Ou quando ouviu uma música que te arrepia? Isso é a Alma falando. Ela te lembra que a paz tá nas coisas simples, não na linha de chegada.

— Tá, mas e se eu relaxar e não conseguir nada? Tipo, o mundo não para, né?

— Verdade, o mundo é uma correria. Mas pensa comigo: quando você tá em paz, as coisas fluem melhor. Já reparou que suas melhores ideias surgem quando você tá de boa, tipo no chuveiro? A Alma te dá clareza pra fazer escolhas melhores, sem aquele peso do “tem que ser perfeito”.

— Mano, agora que você falou… Teve uma vez que eu tava super estressado com um trabalho da escola. Aí saí pra andar de skate, relaxei, e quando voltei, resolvi tudo rapidinho.

— Isso aí! É a Alma dando um toque. Ela te ajuda a ver o caminho sem aquela neura do Ego, que fica te cobrando o tempo todo. O Ego quer que tudo esteja resolvido pra você se sentir bem. A Alma diz que, se você se sentir bem, as coisas vão se resolvendo.

— Mas e se eu quiser, sei lá, ser famoso ou ganhar muito dinheiro? Isso é o Ego falando?

— Pode ser. O Ego ama essas coisas grandes, tipo holofotes e troféus. Mas não é errado querer isso! O problema é quando você acha que só vai ser feliz quando chegar lá. A Alma te pergunta: “Por que você quer isso? O que te faz brilhar de verdade?”

— Hmm… Acho que quero ser reconhecido, sabe? Tipo, sentir que o que eu faço importa.

— Então é isso! A Alma te ajuda a focar no que realmente importa pra você, não no que o mundo diz que é sucesso. Talvez você descubra que ser reconhecido é mais sobre impactar uma pessoa do que ter mil likes.

— Mano, isso faz sentido. Mas como eu sei quando é a Alma ou o Ego falando?

— Boa pergunta! O Ego é barulhento, ansioso, te deixa com aquela sensação de “não fiz o suficiente”. A Alma é mais leve, fala baixo, te deixa com uma paz no peito. Experimenta parar cinco minutos por dia, sem celular, só respirando e pensando no que te faz feliz. Você vai começar a ouvir ela.

— Cinco minutos? Tô dentro! Mas, tipo, e se o Ego ficar gritando?

— Ele vai gritar, pode apostar! O Ego é tipo aquele tio que fala alto na festa. Mas quanto mais você dá espaço pra Alma, mais ela ganha força. É como treinar um músculo. Aos poucos, você aprende a equilibrar os dois.

— Caramba, Gabi, tu explica bem pra caramba. Mas e se eu cair na correria de novo?

— Todo mundo cai, Lucas. Eu mesma às vezes me pego correndo atrás do Ego, querendo provar sei lá o quê. O lance é perceber e voltar pro centro. Sabe aquele meme do doguinho correndo atrás do próprio rabo? É o Ego. A Alma é o doguinho deitado ao sol, de boa.

— Hahaha, adorei a imagem do doguinho! Tá, acho que entendi. Vou tentar ouvir mais essa tal de Alma.

— Isso! E ó, não é sobre parar de sonhar ou de correr atrás das coisas. É sobre curtir a corrida, entende? A paz não é o prêmio no final, é o que te dá gás pra continuar.

— Valeu, Gabi. Tô me sentindo mais leve já. Acho que vou pegar um picolé agora, o que acha?

— Boa, Lucas! Picolé é a cara da Alma. Bora curtir o momento?

E assim, com um sorriso e um plano de saborear um picolé de limão, os dois se levantam do banco, prontos pra curtir a tarde. A conversa ficou na cabeça de Lucas, como uma semente que, aos poucos, vai crescer.

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Esse papo entre Lucas e Gabi é tipo um espelho, né? Quem nunca se sentiu como o Lucas, correndo atrás de um monte de coisa e achando que a felicidade está sempre no próximo passo? A ideia aqui é simples, mas poderosa: a paz não é o troféu que você ganha depois de resolver tudo. Ela é o combustível que te ajuda a correr melhor. Quando você dá espaço para sua Alma — aquela voz que te lembra de curtir as coisas simples, como rir com os amigos ou ouvir sua música favorita —, as coisas começam a se ajeitar. Não é mágica, é só uma mudança de perspectiva.

O Ego, coitado, não é o vilão. Ele só quer te proteger, te fazer brilhar. Mas ele é ansioso, quer tudo para ontem, e às vezes te deixa exausto. A moral da história é encontrar o equilíbrio: sonhar alto, sim, mas sem esquecer de curtir o agora. Experimente parar por cinco minutos, respirar fundo, e perguntar: “O que me faz sorrir de verdade?” Pode ser um rolê com os amigos, um filme bobo, ou até dançar sozinho no quarto. Essas coisas pequenas são a Alma falando, e elas têm um poder danado de te colocar nos eixos.

Então, bora tentar? Compartilhe essa ideia com aquele amigo que está precisando de um empurrãozinho (ou de um picolé!). Tire um print, mande no grupo, e espalhe essa vibe de leveza. Afinal, a vida já é uma correria — que tal curtir a jornada com um sorriso no rosto?

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