quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Pergunte menos “por quê?” e mais “pra quê?”.

 

O Lucas estava largado no sofá da sala, encarando o teto como se tivesse alguma resposta escrita lá. Moleque de 16 anos, cheio das crises existenciais (principalmente depois de um dia daqueles na escola). Eu, tio João (50), estava de visita, tomando meu cafezinho forte e segurando o riso da cara de fim do mundo dele.

— Por que tudo dá errado pra mim, tio? — ele solta, com aquela voz de “tô desistindo de tudo”.

Por dentro eu ri, mas fiquei sério na pose.

— Lucas, eu já fui igualzinho você, cara. Só perguntava “por quê?”. Por que isso, por que aquilo, por que fulano foi grosso comigo… até que um dia, caiu a ficha: tem que perguntar menos “por quê?” e mais “pra quê?”.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Ou você assume o controle da sua vida, ou alguém assume por você.

 
            — Mano, me diz uma coisa — começou Leo, olhando pela janela do nosso quarto. — O que você acha daquela frase clichê: “Ou você assume o controle da sua vida, ou alguém assume por você”?

Eu, que estava jogando videogame, pausei o jogo e virei a cabeça.

— Clichê? Talvez. Mas, no fim das contas, é mais real do que parece.

Leo bufou.

— Ah, qual é? Eu acabei de fazer 16 anos. Ninguém tá controlando a minha vida.

— Não é assim, de forma direta, sabe? — respondi, me ajeitando na cama para encará-lo. — Não é como se um vilão de filme aparecesse com um controle remoto e começasse a apertar os botões da sua vida. É mais sutil.

— Sutil como?

— Como quando deixamos de fazer algo que queremos porque os outros acham que é “perda de tempo”. Ou quando escolhemos uma carreira só porque “dá dinheiro”, mesmo odiando a ideia de passar o resto da vida fazendo aquilo.

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