Num simples olhar pela janela

Sentado em frente ao computador, buscando inspiração,

Entre pensamentos vagos e momentos de reflexão,
Meus olhos se perdem na janela, a observar,
Onde está o Sol que brilhava com todo o seu esplendor?

Enquanto dedilho as teclas, as nuvens surgem sorrateiras,
Aproveitando-se da minha distração derradeira,
Elas dançam pelas ruas, pelas casas, pelas árvores,
E o Vento chega, sussurrando melodias e segredos.

Pela janela, me convida a voar em seus braços,
Fazendo papéis dançarem, causando algum embaraço,
Mas não sei voar, murmuro em meu íntimo ser,
"Usa tua imaginação!", ele grita, desafiador.

Com um estrondo, a porta bate, em resposta ao seu apelo,
E a Chuva se junta à dança, suave e singela,
Seu aroma de terra molhada envolve o ar,
E ela me convida a descansar, a me aquietar.

"Você teve um dia pesado", dizem os pingos,
Com seu ritmo cadenciado, acalmando minha alma,
E em um trovão, volto à realidade, saltando,
Foram minutos que pareceram uma eternidade, sonhando.

Simplesmente ao olhar pela janela, mergulhei em poesia,
Na dança do Vento, na canção da Chuva, na minha fantasia.


Informações sobre o autor:
Pedro Loreni de Mello Teixeira

- Arte finalista, Jornalista e Taxista
- Blog: taxidoteicheira.blogspot.com
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- E-mail: pedroteicheira@gmail.com