quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Sempre existe aquela pessoa que secretamente se importa com você.

 
            — Ei, você já parou pra pensar que sempre existe alguém que se importa com a gente, mesmo quando acreditamos estar completamente sozinhos?

— Hã? Como assim? Tipo, alguém que fica de longe torcendo, mas não fala nada?

— Exatamente isso. Às vezes, a gente tá ali, no fundo do poço, achando que ninguém tá nem aí, mas tem alguém observando, torcendo em silêncio, sabe? Pode ser um amigo, um professor, até aquele parente que parece nem ligar muito pra gente.

— Ah, sei não… Ultimamente parece que ninguém liga pra ninguém.

— Aí é que tá o erro, cara. As pessoas ligam, mas a maioria não sabe demonstrar. Elas têm medo de parecer bobas ou de você achar que é invasão. Mas, no fundo, se importam. Eu mesmo já vivi isso.

— Já? Conta aí.

— Teve uma época em que eu tava mal, tipo… bem mal mesmo. Eu estudava, trabalhava, e parecia que ninguém via o esforço. Um dia, no fim de uma aula, uma professora me chamou pra conversar. Achei que fosse bronca, mas ela só perguntou: “Tá tudo bem? Você anda diferente.” Cara… aquilo me desmontou. Ela notou o que ninguém notava.

— Nossa, e aí?

— Eu chorei, pra ser sincero. Foi estranho e bom ao mesmo tempo. Percebi que tem gente que se importa, mas o mundo anda tão barulhento que a gente não ouve o cuidado.

— É… Às vezes a gente quer que o cuidado venha com fogos de artifício, né? Tipo, a pessoa aparecendo com uma placa “EU ME IMPORTO!”.

— Pois é! Só que, na real, ele vem disfarçado de mensagem boba, de um “já comeu hoje?”, de um “você tá bem?” ou de um "me avisa quando chegar em casa". Um simples beijo na testa, na grande maioria das vezes, quer dizer "conte comigo", "tenha minha proteção" ou "você importa".

— Eu recebo umas mensagens dessas… e nem sempre respondo.  Parece que estão querendo me controlar.

— Então… Talvez essa pessoa só esteja tentando se aproximar, e você tá ali, erguendo um muro sem perceber.

— Mas também acontece ao contrário, às vezes a gente se importa e o outro tá nem aí, né?

— Verdade. Acontece. Mas, mesmo quando é assim, vale lembrar que se importar é bonito. Mesmo que o outro não retribua.

— Fácil falar, difícil praticar.

— Nem tanto. Quer ver? Já reparou que às vezes você pensa em alguém do nada? Tipo, sem motivo, mas vem aquela lembrança boa? Você  sorri pra você mesmo?

— Já. Direto.

— Então. É o coração lembrando que o laço ainda existe, mesmo que o tempo e as situações tentem apagar.

— Eu curto essa ideia, mas parece papo de filme.

— Pode até parecer, mas é real. O mundo tá cheio de pessoas cansadas, fingindo que não sentem. E é aí que mora o perigo: a gente se acostuma a não demonstrar ou a não perceber que tem alguém que se importa conosco.

— E quando alguém demonstra, a gente acha estranho.

— Exato! Um simples “senti sua falta” virou coisa rara, quando devia ser normal.

— Acho que é por medo de parecer fraco.

— É. As pessoas confundem sentir com fraqueza. Mas, pra mim, sentir é sinal de coragem.

— Então, quem se importa de verdade é quem sente, mesmo sem ter nada a ganhar com isso?

— Justamente. Quem se importa não quer aplauso, quer apenas ver você bem. Quer mostrar que tá do seu lado, mesmo distante. 

— Poxa… Agora tô lembrando de umas pessoas que já me ajudaram quando nem pedi.

— Viu só? Sempre tem alguém. Pode ser até aquele amigo quieto, que parece distante, mas que te defende quando você não tá por perto.

— Tipo um “anjo disfarçado de colega de escola”?

— É, tipo isso! Às vezes o “anjo” chega de moletom e fone de ouvido.

— Gostei dessa. “Anjo de moletom” dá até título de música.

— Dá mesmo! E, olha, se todo mundo lembrasse que existe alguém assim por perto, o mundo seria menos pesado.

— Mas e se eu achar que não tem ninguém?

— Então, olha de novo. Às vezes o cuidado vem disfarçado de bronca, de silêncio ou até de um meme que alguém te manda pra te fazer rir.

— É verdade… Aquele amigo que manda vídeo de gato caindo do sofá quando eu tô mal... acho que é um tipo de carinho, né?

— Claro que é! Humor também é forma de amor. Nem todo mundo sabe falar “tô aqui pra você”, mas sabe te arrancar um sorriso.

— Então, no fundo, a gente nunca tá totalmente sozinho.

— Nunca. Mesmo quando parece que tá.

— E se eu quiser ser essa pessoa que se importa?

— Aí você já tá no caminho certo. Ser essa pessoa é um ato de resistência. Num mundo cheio de pressa, parar pra sentir é um gesto revolucionário.

— Gostei disso. “Sentir é um ato de resistência.” Vou anotar.

— Anota mesmo. E lembra: o que faz o mundo girar não é o dinheiro nem os likes, é o carinho, o amor, a atenção verdadeira entre as pessoas.

— Caramba… E eu achando que motivação era só acordar cedo e estudar.

— Isso também é, mas motivação de verdade vem de saber que alguém acredita em você, mesmo quando você mesmo não acredita.

— Eita, agora bateu um negócio aqui… Meio que vontade de agradecer umas pessoas.

— Então vai lá. Às vezes o “obrigado” que você dá hoje é o abraço que o outro precisava há tempos, mas não tinha coragem de pedir.

— Tá… Você ganhou. Vou mandar mensagem pra um pessoal agora.

— Boa! E lembra: quem se importa com você merece saber que faz diferença. Um simples "valeu" já conta muito.

— Valeu. Acho que nunca mais vou olhar pra essas mensagens simples do mesmo jeito.

— Ainda bem. É nelas que mora o carinho escondido.

---------------

No meio da correria, da vida agitada e dos silêncios do mundo moderno, a gente esquece que o afeto nem sempre vem com alarde. Às vezes ele vem disfarçado — num gesto pequeno, num olhar, num “oi” despretensioso. Sempre existe aquela pessoa que secretamente se importa com você. E, quando a gente entende isso, o coração se acalma, porque descobre que o cuidado não depende de presença constante, mas de vínculo sincero.

Aprender a perceber esses gestos é como afinar o ouvido para escutar o que o coração dos outros tenta dizer baixinho. Tem gente que torce por você em silêncio, que se orgulha das suas vitórias mesmo sem estar do seu lado. E saber disso muda tudo — dá força, dá paz e, principalmente, dá sentido.

Então, olha ao redor. Lembra dos “anjos de moletom”, dos professores atentos, dos amigos brincalhões, dos pais que nos corrigem. Valorize os silenciosos que te querem bem. E, mais importante: seja essa pessoa também. Porque, no fim, o que realmente viraliza — o que fica — é o bem que a gente espalha sem esperar retorno.

Se essa mensagem chegou até você, continue espalhando-a como se fosse aquele meme dos bons. Porque ninguém merece se sentir abandonado nessa vida. Compartilha e deixa chegar onde mais fizer falta!

Um comentário:

  1. Verdade.. a jogada é saber canalizar o fluxo do bem, para prosperar.. tudo que almejamos está em torno de nós, mas não adianta mentalizar DH, Casa, Carro novo, Romance, e nunca alcançar.. o retorno existirá no momento que permitimos, ser mais sentimento, do que razão.. canalizando o seu fluxo de energia positiva a favor da correnteza. Abraço ótima quarta feira

    ResponderExcluir

POSTAGENS MAIS LIDAS NA SEMANA