quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Não deixe que seus medos atrapalhem seus sonhos. Ao contrário, divirta-se com eles.

 

Gabriel tinha 17 anos e estava naquela fase da vida em que parecia que todo mundo tinha as respostas certas… menos ele. Estava no terceiro ano e, entre provas, vestibular e as expectativas da família, sentia o peso de precisar saber exatamente o que queria da vida. A única coisa que sabia de verdade é que queria fazer algo grande, mas havia um problema: o medo. Medo de errar, de se decepcionar, de escolher o caminho errado.

Um dia, depois de uma aula sobre riscos e investimentos, o professor Ricardo percebeu que Gabriel estava quieto, pensativo, meio longe. Como um bom professor de economia e administração, ele sempre acreditou que a mente dos alunos precisava estar tão bem afiada quanto as contas que ensinava. Resolveu puxar conversa.

E aí, Gabriel, tudo bem? Você parece preocupado — disse Ricardo, com aquele tom meio descontraído.

Quando eu era criança, esse era o meu Halloween.

 

Era uma noite dessas, com vento sussurrando segredos para as árvores. As ruas do bairro explodiam em risadas, fantasias, sacolas cheias de doces nas mãozinhas das crianças, com idades entre 9 e 12 anos. João usava uma capa preta, quase raspando no chão. Mariana era uma caveira, com o rosto pintado, os olhos fundos, misturando medo e diversão. Lucas, um bruxo com chapéu torto, Clara, com vassoura improvisada, parecia uma bruxinha de verdade.

De casa em casa, eles iam, rindo, gritando “doces ou travessuras! ” contandos histórias de fantasmas e vampiros. Tudo rolava como todo Halloween deve ser: divertido, e até um pouco assustador. Mas, de repente, João parou. Num banco da praça, um velho fumava cachimbo, encarando-os com um sorriso discreto, como quem sabia bem mais do que demonstrava.

— E aí, senhor, a gente te assustou? — João perguntou, exibindo dentes de plástico, um sorriso zombeteiro.

POSTAGENS MAIS LIDAS NA SEMANA