sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Os olhos são inúteis quando a mente é cega!


            Em uma tarde ensolarada, Lucas, Clara e João, sentados junto à piscina da casa de Clara, conversavam sobre a vida, os desafios e os sonhos que pareciam distantes. Os três tinham 20 anos e estavam naquela fase de querer tudo, mas, ao mesmo tempo, sem ter ideia de por onde começar.

Lucas, meio desanimado, brincava com o cachorrinho da Clara e foi quem primeiro quebrou o silêncio.

— Sabe, várias vezes eu acho que nunca vou conseguir fazer nada grande. Tipo, eu vejo as oportunidades, mas sempre penso que nada vai dar certo. É como se já estivesse derrotado antes mesmo de tentar.

Clara, deitada numa espreguiçadeira, com as mãos atrás da cabeça, suspirou.

— Cara, eu sei como é. Eu também tenho essa sensação. Sempre que penso em fazer algo de que realmente gosto, uma voz na minha cabeça fala: “e se você fracassar?”. Aí desisto antes mesmo de tentar.

João, o mais pensativo dos três, com um ar sério, perguntou: 

Vocês já ouviram aquela frase “os olhos são inúteis quando a mente é cega”?

Lucas franziu a testa.

— Já ouvi, sim, mas nunca parei pra pensar muito nisso. O que isso tem a ver com a gente?

João deu um pequeno sorriso antes de responder.

— Tudo. Não adianta a gente ter visão, ter oportunidades ao nosso redor, se nossa mente tá fechada. A gente olha pro mundo, mas só enxerga as dificuldades, as coisas ruins que podem acontecer. É como se a gente tivesse uma venda invisível nos olhos.

Clara olhou curiosamente para João.

— Tá, mas como a gente tira essa venda? Como faz pra deixar de ser tão negativo?

João deu de ombros.

— Acho que começa com a gente questionando esses pensamentos que sempre aparecem, sabe? Tipo, por que a gente sempre pensa no pior? Por que não tentar uma vez e ver no que dá? Eu já percebi que essa voz que diz “você não consegue” só existe porque a gente deixa. Se a gente começar a desafiar isso, mesmo que seja aos poucos, nossa mente vai começar a mudar.

Lucas riu, meio sem acreditar.

— Ah, João, fácil falar. Você sempre parece tão tranquilo com essas coisas.

João sorriu.

— Tranquilo nada. Eu também tenho medo, cara. Mas é que eu decidi parar de dar tanto poder pra esses pensamentos. A Clara disse uma coisa importante: o “e se der errado?” tá sempre na nossa cabeça. Mas, e se der certo? A gente nunca vai saber se não tentar.

Clara fez uma careta, pensativa.

— Talvez a gente esteja focando nas coisas erradas. Sei lá, parece que a vida tem muito mais a oferecer, mas a gente só vê as barreiras.

Exatamente. Quando a gente para de enxergar só os obstáculos e começa a ver as oportunidades, tudo muda. Não vai ser fácil, mas também não precisa ser impossível. Às vezes, é só a gente tirar a venda da mente e olhar com outros olhos. — João assentiu.

Lucas suspirou, mas dessa vez, com um ar diferente, mais esperançoso.

— Tá, eu vou tentar. Não vou deixar essa voz vencer toda vez. Mas vocês vão estar comigo, né?

Clara sorriu e, dando um tapinha no ombro de Lucas, falou:

— Sempre. Vamos juntos, porque quando a mente abre, até o impossível fica mais perto.

João se levantou, se espreguiçou e propôs:

— Então, vamos. O primeiro passo pode ser o mais difícil, mas é o mais importante.

E ali, sob aquele sol da tarde, os três decidiram que não iriam mais deixar suas mentes cegarem seus sonhos. Eles perceberam que, embora as oportunidades estivessem ao seu alcance, suas mentes limitadas pelo medo e insegurança os impediam de enxergá-las com clareza. Ao falar sobre o assunto, entenderam a necessidade de desafiar esses pensamentos negativos e abrir a mente para aquilo que poderia dar certo, em vez de focar apenas nos obstáculos. A lição que tiraram da conversa é que, quando a mente se liberta das suas próprias amarras, o caminho para realizar sonhos se torna mais visível e acessível, e a coragem de dar o primeiro passo é primordial para transformar a nossa realidade.


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