Em uma tarde ensolarada, Lucas, Clara e João, sentados junto à piscina da casa de Clara, conversavam sobre a vida, os desafios e os sonhos que pareciam distantes. Os três tinham 20 anos e estavam naquela fase de querer tudo, mas, ao mesmo tempo, sem ter ideia de por onde começar.
Lucas,
meio desanimado, brincava com o cachorrinho da Clara e foi quem primeiro
quebrou o silêncio.
— Sabe, várias vezes eu acho que nunca vou conseguir fazer nada grande. Tipo, eu vejo as oportunidades, mas sempre penso que nada vai dar certo. É como se já estivesse derrotado antes mesmo de tentar.
Clara,
deitada numa espreguiçadeira, com as mãos atrás da cabeça, suspirou.
— Cara, eu sei como é. Eu também tenho essa sensação.
Sempre que penso em fazer algo de que realmente gosto, uma voz na minha cabeça
fala: “e se você fracassar?”. Aí desisto antes mesmo de tentar.
João,
o mais pensativo dos três, com um ar sério, perguntou:
—
Vocês já ouviram aquela frase “os olhos são inúteis quando a mente é cega”?
Lucas
franziu a testa.
— Já ouvi, sim, mas nunca parei pra pensar muito nisso. O
que isso tem a ver com a gente?
João
deu um pequeno sorriso antes de responder.
— Tudo. Não adianta a gente ter visão, ter oportunidades ao
nosso redor, se nossa mente tá fechada. A gente olha pro mundo, mas só enxerga
as dificuldades, as coisas ruins que podem acontecer. É como se a gente tivesse
uma venda invisível nos olhos.
Clara olhou curiosamente para João.
— Tá, mas como a gente tira essa venda? Como faz pra deixar
de ser tão negativo?
João
deu de ombros.
— Acho que começa com a gente questionando esses
pensamentos que sempre aparecem, sabe? Tipo, por que a gente sempre pensa no
pior? Por que não tentar uma vez e ver no que dá? Eu já percebi que essa voz
que diz “você não consegue” só existe porque a gente deixa. Se a gente começar
a desafiar isso, mesmo que seja aos poucos, nossa mente vai começar a mudar.
Lucas
riu, meio sem acreditar.
— Ah, João, fácil falar. Você sempre parece tão tranquilo
com essas coisas.
João
sorriu.
— Tranquilo nada. Eu também tenho medo, cara. Mas é que eu
decidi parar de dar tanto poder pra esses pensamentos. A Clara disse uma coisa
importante: o “e se der errado?” tá sempre na nossa cabeça. Mas, e se der
certo? A gente nunca vai saber se não tentar.
Clara
fez uma careta, pensativa.
— Talvez a gente esteja focando nas coisas erradas. Sei lá,
parece que a vida tem muito mais a oferecer, mas a gente só vê as barreiras.
—
Exatamente. Quando a gente para de enxergar só os obstáculos e começa a ver
as oportunidades, tudo muda. Não vai ser fácil, mas também não precisa ser
impossível. Às vezes, é só a gente tirar a venda da mente e olhar com outros
olhos. — João assentiu.
Lucas
suspirou, mas dessa vez, com um ar diferente, mais esperançoso.
— Tá, eu vou tentar. Não vou deixar essa voz vencer toda
vez. Mas vocês vão estar comigo, né?
Clara
sorriu e, dando um tapinha no ombro de Lucas, falou:
— Sempre. Vamos juntos, porque quando a mente abre, até o
impossível fica mais perto.
João
se levantou, se espreguiçou e propôs:
— Então, vamos. O primeiro passo pode ser o mais difícil,
mas é o mais importante.
E
ali, sob aquele sol da tarde, os três decidiram que não iriam mais deixar suas
mentes cegarem seus sonhos. Eles perceberam que, embora as oportunidades
estivessem ao seu alcance, suas mentes limitadas pelo medo e insegurança os
impediam de enxergá-las com clareza. Ao falar sobre o assunto, entenderam a
necessidade de desafiar esses pensamentos negativos e abrir a mente para aquilo
que poderia dar certo, em vez de focar apenas nos obstáculos. A lição que
tiraram da conversa é que, quando a mente se liberta das suas próprias amarras,
o caminho para realizar sonhos se torna mais visível e acessível, e a coragem
de dar o primeiro passo é primordial para transformar a nossa realidade.
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