Ana,
Felipe, Luísa e Gabriel estavam visitando um Templo Budista e durante a visita
estavam tendo muitas emoções, com direito, inclusive, a ouvir conselhos sobre
paz interior diretamente de um monge. A caminhada pelo local os estava deixando cansados. Então resolveram parar na lancheria do templo, para
descansar e fazer um lanche.
Ana,
entretanto, tinha outros planos. Avisou aos amigos que iria dar uma volta e
voltaria logo. Ela se afastou, observando o movimento tranquilo do
templo. O ar era leve, e o silêncio parecia envolver cada canto do lugar. A
intenção dela, no entanto, era procurar o monge que haviam encontrado mais cedo. Andou por uns 10 minutos e o
encontrou, no mesmo lugar, perto de um pequeno lago, sob a sombra de uma frondosa
árvore. Ana aproximou-se, hesitante, e o monge, mesmo com os olhos fechados,
logo notou sua presença.
—
Olá, aproxime-se. Você é a Ana, não é mesmo? — ele a cumprimentou com um
sorriso gentil. — Algo me diz que você tem mais perguntas.
— Como… o senhor lembrou de mim? Como sabia que era eu? — ela perguntou, um pouco surpresa.
Ele
sorriu suavemente, abrindo os olhos e a encarando com um olhar acolhedor.
—
A energia de cada pessoa é como uma impressão digital — explicou ele. — E
você parecia precisar de um pouco mais de paz do que seus amigos. Você foi, mas sua energia permaneceu aqui, porque você queria voltar. Estou certo?
Ela
concordou, com um sorriso tímido, e se sentou diante dele.
—
É verdade. Eu… bem, eu tô meio perdida. Parece que nada do que eu planejo dá
certo. Estudo, trabalho, até meus sonhos… tá tudo desmoronando, sabe?
O
monge assentiu, como se já conhecesse bem essa sensação.
— A vida, Ana, às vezes nos desafia com esses momentos. Mas
me diga: você acredita que há algo maior por trás dos seus sonhos? Algo que te
motiva a continuar, apesar dos desafios?
Ela
refletiu por um momento, olhando para a água calma do lago.
— Sim… eu acredito. Tenho esses sonhos desde pequena, sabe?
Mas tudo fica tão difícil que às vezes acho que não vou conseguir. E aí, acabo
pensando que talvez não seja pra mim… e desisto.
O
monge a observou atentamente, e então disse:
— Os sonhos são como sementes, Ana. Eles precisam de tempo,
cuidado e paciência para crescer. Às vezes, o solo não está tão fértil como
gostaríamos, mas isso não significa que não seja possível a semente germinar.
Ana
respirou fundo, ainda encarando seus pensamentos.
— Eu entendo… mas como eu lido com essa sensação de
fracasso? Essa coisa de que nada vai dar certo?
O
monge fez uma pausa e, com a voz calma de sempre, respondeu:
— Experimente transformar seus pensamentos. Diga a si
mesma, mesmo quando parecer difícil: “Vai dar tudo certo.” Não é apenas uma
frase bonita. É um lembrete de que o caminho está em construção, de que você
não precisa ver o final agora. Você só precisa dar o próximo passo com
confiança.
Ela
refletiu sobre isso, e o monge continuou:
— A paz que você busca, Ana, não está no sucesso imediato,
mas na sua capacidade de acreditar que cada passo é importante. Não se preocupe
em acertar tudo de primeira. Às vezes, só precisamos confiar no processo.
Ana
esboçou um sorriso. Aquelas palavras caíam como uma luva sobre suas dúvidas.
— Então… o senhor acredita que devo seguir em frente, mesmo
que eu não tenha um resultado agora?
Ele
acenou afirmativamente com a cabeça, os olhos com um brilho de sabedoria.
— Isso. Lembre-se, Ana: vai dar tudo certo. Confiar, cuidar de seus sonhos com paciência e usar o hoje como a chance de fazer um pouco mais. Cada dia é simplesmente uma nova chance de recomeçar e acreditar um pouco mais. E sempre que as coisas parecerem complicadas, é só repetir: “Vai dar tudo certo ”. Diga isso quantas vezes forem necessárias, Ana. Até que você consiga expulsar qualquer pensamento negativo da sua mente. Adote essa frase como seu mantra diário. Sempre, antes de sair de casa, se olhe no espelho e repita essa frase várias vezes, até você se convencer de que "vai dar tudo certo!"
Ana
suspirou profundamente, sentindo uma nova luz em seu coração. Ela agradeceu ao
monge e levantou-se firme, pronta para levar consigo aquelas palavras.
Ao
voltar para a lancheria, encontrou seus amigos rindo e se divertindo.
— E aí, Ana?
— Luísa perguntou, curiosa. — O que você foi fazer?
Ana
sorriu, se juntando a eles.
— Fui buscar um pouco de paz. E acho que encontrei.
Como já estava querendo escurecer, os quatro amigos decidiram encerrar a visitação e voltar para suas casas, no tumulto da cidade.
O
monge mostrou a Ana que, mesmo quando tudo parece um caos, é essencial
acreditar que as coisas, de alguma forma, vão se ajeitar. Em vez de se afobar
com a pressa por resultados, ele ensinou que é preciso ter fé no processo e
aprender a abraçar a paciência. Aquela frase tão simples — “vai dar tudo certo”
— não é só um consolo qualquer; é uma forma de manter viva a chama da
esperança, lembrando a gente de que cada dia traz uma nova chance de se
aproximar dos nossos sonhos. Repetindo esse mantra, Ana encontrou uma força
nova para seguir em frente, mesmo sem ver garantias de sucesso imediato.
Esse
ensinamento lembra que a vida nem sempre segue o script que a gente planeja,
mas isso não significa que estamos perdidos. Precisamos acreditar que cada
passo que damos, por menor que seja, é parte do caminho que nos leva para o que
a gente deseja. Então, quando o caminho parecer mais pesado ou as respostas não
vierem do jeito que queremos, é preciso confiar que, com tempo e dedicação, as
coisas se encaixam. É sobre se manter firme, mesmo nas incertezas, e acreditar
de coração que "vai dar tudo certo".
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