quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

O melhor calmante do mundo não é a água com açúcar, é a água com sal!

 
            Dois amigos, Gabriel e Luana, sentados nas dunas, observam o mar enquanto o vento bagunça os cabelos e o som das ondas se mistura ao riso dos jovens jogando bola na areia. Todos faziam parte da turma do segundo ano da Escola Dom Pedro. Eles vieram passar o fim de semana na praia, numa promoção da escola para celebrar o fim de mais um ano letivo.

Após falarem sobre os mais diversos assuntos, inclusive sobre a escola, Gabriel decidiu abordar outro tema, mais relacionado à situação em que se encontravam, curtindo uma praia.

– Lú, quer saber? Eu tô convencido de que o melhor calmante do mundo não é água com açúcar, é água com sal.

– Água com sal? Isso é coisa de vó que errou na receita do remédio, né?

– Tô falando sério, Lú! Olha isso aqui. O som das ondas, o vento fresco, o cheiro da maresia... Isso é um detox pra alma. Não tem calmante melhor.

– Ah, verdade. O mar tem uma vibe diferente mesmo. Eu nem tava tão mal assim hoje, mas agora, sentada aqui, sinto como se o peso nos ombros tivesse sumido.

– Exato. Tem um quê de magia, sabe? Só de olhar pro infinito do mar parece que nossos problemas ficam menores. Tipo, eles continuam lá, mas a gente muda a forma de encarar.

– E não é só o psicológico, não. Já viu como a galera fica cheia de energia depois de passar o dia na praia? Tem sol, vitamina D, a brisa que refresca... Até o ar parece mais puro aqui.

– Verdade. – concordou Gabriel. – E tem mais: pisar na areia é tipo massagem grátis pros pés. Sem falar que andar descalço conecta a gente com a terra. Já ouvi dizer que isso ajuda a equilibrar a energia do corpo.

– Ah, equilíbrio é tudo, Gabi! Na praia, parece que a gente volta pro básico. Aqui ninguém tá preocupado com status, com like ou com o que tá rolando no mundo lá fora. Todo mundo tá só... presente.

– Isso é raro, né? O mundo todo vive em modo acelerado. Aqui é o único lugar onde parece que o tempo desacelera. Tipo, o mar tá nem aí pra nossa pressa.

– Nossa, isso é tão verdade! Olha eles jogando bola. Eles tão rindo, correndo, se divertindo, como se o resto do mundo não existisse.

– É disso que a gente precisa mais: esquecer a correria, nem que seja por algumas horas. Viver o agora. Sentir a areia nos pés, o sol no rosto e essa imensidão azul na frente.

– E é terapêutico, né? Eu vi um estudo uma vez que dizia que só de olhar pro mar o cérebro entra num estado de relaxamento profundo. Acho que é por isso que a gente se sente tão bem aqui.

– Faz sentido, Luana. A praia é tipo um refúgio natural, um espaço onde dá pra colocar os pensamentos em ordem. Você para, respira e percebe que a vida é mais simples do que parece.

– E é engraçado como todo mundo, sem exceção, se sente mais leve aqui. Desde criança até idoso, o mar tem esse efeito. Deve ser porque ele é constante, né? Sempre ali, com o vai e vem das ondas.

– Sim, é como se o mar fosse um lembrete de que tudo passa. As ondas vão e voltam, mas o oceano permanece. Dá uma paz saber disso.

– Isso, Gabriel! Paz é a palavra. A gente passa tanto tempo buscando por ela em lugares errados, quando na real ela tá aqui, em algo tão simples quanto sentar e ouvir o barulho das ondas.

– Pois é. E é acessível, sabe? Não precisa de aplicativo, não precisa de Wi-Fi. Só precisa de vontade de parar e observar.

– Verdade. E não é só relaxar. Eu sinto que, toda vez que venho à praia, volto com a cabeça mais clara. Tipo, mais pronta pra encarar os desafios.

– Acho que o mar tem esse poder porque ele nos conecta com algo maior. Ele lembra que a gente faz parte de algo imenso, mas que, ao mesmo tempo, tem o nosso lugar nesse todo.

– É como se o mar fosse um espelho, né, Gabriel? Às vezes ele tá tranquilo e calmo, outras vezes agitado e cheio de ondas. E a gente é igual. A diferença é que o mar nunca tenta ser algo que ele não é.

– Boa, Lu. É isso. O mar ensina a aceitar o que somos, mas também a ter coragem de mudar quando for preciso.

Os dois ficam em silêncio por alguns instantes, apenas observando as ondas, os colegas na areia e o sol que começava a descer no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados.

. -.-.-.

O mar nos ensina a respirar fundo, a viver o momento e a deixar que as coisas sigam seu curso natural. Ele nos lembra que a vida é feita de ciclos: ondas que vêm, ondas que vão. Tudo passa, e tudo se renova.

Seja como o mar. Permita-se momentos de calmaria no meio da correria. Aproveite a simplicidade e a grandiosidade que ele oferece. Porque, no fim das contas, o melhor calmante não tá na farmácia, mas ali, na próxima vez que você parar pra sentir o cheiro do mar e o som das ondas.

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