Era
uma tarde preguiçosa de sábado. João, 16 anos, estava jogado no sofá da sala, mexendo no
celular sem muito ânimo. No outro sofá, sua prima mais velha, Clara, 23
anos, folheava um caderno, com um sorriso meio misterioso no rosto.
—
Clara, o que você está fazendo aí com esse caderno? Está escrevendo um romance
ou o quê? — João perguntou, sem tirar os olhos da tela.
—
Nada de romance, João. Estou só olhando essa página em branco. Sabe o que ela
me lembra? Uma chance novinha em folha.
—
Uma página em branco? Tá, mas é só um papel, né? O que isso tem de tão
especial?
— É mais que papel, cara! Uma folha em branco é tipo... um convite. Ela está ali, quietinha, esperando você jogar qualquer ideia maluca que passar pela sua cabeça. Pode ser um desenho, uma música, uma história ou até um plano para mudar o mundo.