sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Quem observa as atitudes, não se engana com as palavras.

 

Após mais um dia de trabalho, Júlia e Netinho, amigos de longa data que agora trabalhavam na mesma empresa, caminhavam em direção à parada de ônibus que os levaria para o bairro onde moram. Júlia parecia incomodada com algo.

— Ei, Netinho, você acredita em tudo que as pessoas dizem? — perguntou Júlia, ajeitando a alça da mochila.

Netinho riu suavemente enquanto chutava uma pedrinha pela calçada.

— Nem sempre, mas confesso que já me decepcionei acreditando demais. Por que a pergunta?

Júlia suspirou.

— Sabe aquele amigo do meu primo? O que jurou que ia ajudar no projeto de arrecadação para a ONG? Sumiu. Não atendeu mais mensagem nenhuma. Mas quando a gente conversava, ele era só promessas.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Sou uma pessoa que quando quer, quer muito! Mas quando eu abro mão... nada me faz voltar atrás.

 
            Era uma tarde comum, daquelas em que o sol não se decide: ora tenta aparecer com força, ora se esconde entre nuvens preguiçosas. Duas amigas estavam sentadas sob a sombra de uma árvore no quintal da casa de uma delas. Conversavam sobre tudo e mais um pouco — aquelas conversas soltas que vão de assunto em assunto sem rumo definido.

Rafaela: Esses dias eu estava pensando numa coisa… Sabe quando você decide que quer muito uma coisa, e nada tira aquilo da sua cabeça?

Mônica: Sei exatamente como é! Eu sou assim também. Quando eu quero, quero pra valer. Faço de tudo pra conseguir. Mas, curiosamente, quando eu desisto, acabou. Não tem volta.

Rafaela: Nossa, você acabou de me descrever! Parece que tem um botão dentro da gente, tipo liga e desliga. Quando está ligado, somos imbatíveis, determinadas, vamos com tudo. Mas, se algo me faz apertar o "desliga", não tem santo que me convença do contrário.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Lições para uma mente inquieta.

 
            A jovem Marina caminhava pelo jardim do templo budista, onde os pássaros cantavam alegremente por entre as árvores. Seus passos eram rápidos e pesados, como se transportasse uma carga pesada e invisível. Ela respirava fundo, na ânsia de acalmar o coração acelerado, mas a ansiedade parecia uma sombra que a perseguia e não a abandonava.

Ao longe, sentado sob uma árvore, o monge Takashi, seu velho conhecido, observava o lago tranquilo. Seus olhos estavam quase fechados, mesmo assim ele sentiu a presença de Marina. Vendo-a, ele abriu os olhos e sorriu docemente.

— Senhor Takashi — ela começou, hesitante —, posso conversar com o senhor?

— Claro, minha jovem. Sente-se. A sombra desta árvore é generosa hoje — ele respondeu, indicando um lugar ao seu lado.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Amar é enfrentar as diferenças e dificuldades, de mãos dadas.

 
            Duas amigas estão conversando sobre coisas do dia a dia, quando surge o assunto "amor".

— Ei, você acha que amar é fácil? É toda essa maravilha que se lê nos livros de romance?

— Nem um pouco. Se fosse, todo mundo estaria junto e feliz para sempre, né? Mas o que vemos são casais se divorciando, namoros que não passam de meses e muita gente solteira.

— Pois é. Mas sabe o que eu acho? Amar é meio como subir uma montanha.

— Subir uma montanha? Como assim? O que a montanha tem a ver com o amor?

— Olha só, no começo, é só empolgação. O frio na barriga, a vontade de correr até o topo. Mas depois... vêm as pedras no caminho, as dores nas pernas, o cansaço e aquela vontade de desistir.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Bons resultados calam bocas, sem que você precise abrir a sua. Aguarde e confie!

 

Rui, um jovem de 20 anos, trabalha em uma empresa de tecnologia, no setor de criação de projetos e aplicativos, e tem enfrentado alguns problemas de relacionamento com seus colegas de trabalho. Ao chegar em casa, após mais um dia de muito trabalho, joga-se no sofá, ao lado de seu pai, com uma expressão de cansaço e desânimo. Seu pai, o senhor Renato, ao ver o estado do filho, procura saber o que está acontecendo.

— Pai, eu não aguento mais... Sério! Todo dia a mesma coisa. Meus colegas vivem dizendo que minhas ideias não vão dar certo, que criar um aplicativo para isso ou aquilo é perda de tempo. Eles nem tentam entender, já chegam com aquele ar de superioridade e jogam um balde de água fria.

— E o que você responde?

— O que eu posso dizer? Tento explicar, mas é como falar com uma parede. Parece que eles já decidiram que nada do que eu faço vai funcionar.

Se eu te desejar o dobro que me desejas, você vai ficar feliz ou preocupado?

 
            Você já parou para pensar no impacto dos desejos que lançamos ao universo? Foi exatamente essa reflexão que surgiu em uma conversa entre dois amigos, sentados em um banco de praça, observando o movimento ao redor. Entre risadas e pensamentos profundos, um deles lançou uma pergunta intrigante: "E se eu te desejar o dobro do que você me deseja? Você fica feliz ou preocupado?" O que começou como uma simples provocação, logo se transformou em uma discussão cheia de descobertas e aprendizados.

— Ei, já parou pra pensar no que acontece se eu te desejar o dobro do que você me deseja?

— O dobro? Como assim?

— Tipo assim, se você me deseja coisas boas, eu te desejo o dobro. Mas... e se forem coisas ruins?

— Ah... aí complica, né? Acho que eu teria que pensar melhor antes de desejar qualquer coisa pra você.

— Exato! A gente nunca pensa nisso, né? Sai desejando coisas pros outros sem nem imaginar o que pode voltar.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

O importante não é ter alguém para ensinar, mas incentivá-lo a aprender.

 
            Como acontece em todo início de ano letivo, a escola reúne os professores para debater técnicas e orientações sobre abordagens aos alunos. Para essa reunião, a diretora Márcia convidou o psicólogo educacional Marcos Santos Chagas, conhecido por ministrar palestras e cursos para professores de várias escolas, além de ser professor na universidade local.

A reunião ocorreu em uma sala ampla, com uma grande mesa ao centro, onde os professores estavam acomodados. Alguns seguravam cadernos e canetas, prontos para anotar, enquanto outros apenas observavam com expressões atentas. O psicólogo educacional, Marcos, sentou-se em uma das cadeiras, respirou fundo e iniciou a discussão.

“Bom, pessoal, sejam todos bem-vindos. Hoje vamos falar sobre algo essencial para o nosso trabalho: aprender. Muitos de vocês podem pensar que ensinar é o nosso principal objetivo, mas vou lançar uma provocação: não basta ter alguém para ensinar se, do outro lado, não houver alguém realmente disposto a aprender. O que vocês acham disso?” – perguntou Marcos, percorrendo os olhares atentos.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Às vezes os sinais são tão claros que cegam a gente.

 
            Sempre na última sexta-feira do mês, a escola traz um especialista para palestras aos alunos do terceiro ano do ensino médio, abordando os mais variados assuntos, mas tendo o cuidado de que esse assunto sirva para o futuro dos alunos. Nesta sexta-feira, o palestrante é o senhor Rodrigo Alves Pereira Neves, renomado terapeuta da cidade, que abordará o tema: “Às vezes os sinais são tão claros que cegam a gente”.

O teatro da escola não estava lotado, mas os setenta alunos dos dois terceiros anos ocupavam um bom espaço nas cadeiras. Rodrigo posicionou-se no palco do teatro e iniciou sua apresentação.

- Boa tarde, pessoal! Meu nome é Rodrigo, sou terapeuta, e hoje quero conversar com vocês sobre algo que parece simples, mas às vezes é o maior desafio das nossas vidas: perceber os sinais que estão bem na nossa frente. Gostaria de tirar suas dúvidas em relação a esse assunto. Por favor, sempre que fizer uma pergunta, diga seu nome antes. Então, vamos lá! Já aconteceu com alguém aqui de só enxergar uma situação depois que tudo já aconteceu? De não perceber os sinais que a vida dá?

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Não podemos calar a boca dos ignorantes e imbecis, mas podemos não dar a menor importância ao que eles dizem.

 

João, 18 anos, estava no sofá da sala, tamborilando os dedos contra o braço da poltrona, claramente irritado. Quando Marina, 20 anos, entrou na sala com sua xícara de chá fumegante, notou o incômodo do irmão e resolveu puxar conversa.

— O que aconteceu, João? — perguntou, sentando-se ao lado dele.

Ele suspirou e soltou de uma vez:

— Como você consegue não se irritar com as besteiras que as pessoas falam?

Marina sorriu de leve, colocou a xícara na mesa.

— Não é que eu não me irrito. Eu só aprendi a escolher no que vale a pena gastar energia. Mas o que foi dessa vez?

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

SAUDADES!? Só um pouquinho. Um pouquinho o tempo todo.

 
            A lua brilhava acima do quintal da vó Lina, onde o tempo parecia passar mais devagar. O cenário era simples: área de acesso à cozinha da casa, um fogão à lenha aceso, cadeiras de plástico espalhadas sem ordem, e quatro jovens com pensamentos inquietos. Pedro (19) estava jogado numa cadeira, girando uma caneca vazia. Sara (21) mexia no celular, mas só fingia prestar atenção. Caio (18) estava apoiado no murinho, com um galho na mão. E Júlia (17) encarava as brasas, claramente perdida em pensamentos. 

Vó Lina cuidava dos seus afazeres na cozinha. De longe, prestava atenção nos netos, afinal, coube a ela acolher e cuidar das “crianças” naquele fim de semana. A conversa rolava solta e descontraída, até que Júlia, sem aviso, iniciou um outro assunto mais sério. 

— Ei, vocês acham que a saudade melhora ou só engana a gente? Será que ela some com o tempo? Ou a gente só se acostuma? — largou Júlia, do nada, olhando para as chamas. 

Tá na hora de surpreender todos aqueles que duvidam de você.

 

Rui é um menino de 16 anos que, como todo garoto de sua idade, está passando por uma fase da vida em que tem mais incertezas do que certezas. Cursando o primeiro ano do segundo grau, no período noturno, está enfrentando dificuldades em algumas matérias, o que tem preocupado sua mãe e seus professores. Como ele está trabalhando como estagiário em um escritório de contabilidade, sua permanência nesse emprego depende muito de suas notas na escola, principalmente na matéria de matemática.

Como trabalha até as 16 horas, Rui já estava em casa, preparando-se para mais uma noite de estudos na escola. Parecendo cansado, sentou-se no sofá da sala. Sua mãe, dona Mari, percebendo a chegada do filho, foi até a sala para falar com ele.

— Rui, já é a terceira vez nesta semana que te vejo largado aí no sofá, olhando pro teto como se ele tivesse as respostas pra tua vida. — Mari colocou as mãos na cintura e suspirou. — O que tá acontecendo?

Rui bufou, sem desviar os olhos do teto.

— Nada, mãe. Só tô cansado.

domingo, 12 de janeiro de 2025

Não procure a felicidade: ela não pode ser encontrada. Você tem de criá-la todos os dias.

 
            Gabriela, 18 anos, estava sentada no sofá da sala de sua casa assistindo à sua série favorita na TV, quando escutou o barulho da porta se abrindo. Era seu irmão, Eduardo, 15 anos, que chegava da rua. Edu, como sua irmã e todos da família o chamavam, parecia meio desolado.

— Sabe, Gabi, tô meio pra baixo hoje — disse Edu, jogando-se no sofá ao lado da irmã.

— Por quê? O que houve? — perguntou Gabi, pausando o seriado.

— É que... sei lá. Eu tava na casa do Lucas e a gente tava navegando na internet. Incrível como todo mundo nas redes sociais parece tão feliz, sabe? Vivendo aquela vida perfeita. E eu aqui, tentando achar minha felicidade e não consigo.

Gabi soltou uma risada suave.

— Meu querido maninho, você tá procurando no lugar errado.

— Como assim?

— A felicidade não é tipo um tesouro escondido que você precisa achar, sabe? Não é algo que você vai encontrar bisbilhotando o feed do Instagram ou Facebook dos outros.

sábado, 11 de janeiro de 2025

Jovem sem experiência no primeiro emprego: problema ou solução?

 
            Era uma tarde de terça-feira, e vários pequenos empresários estavam reunidos para ouvir uma palestra promovida pela Associação de Empresários da cidade. O palestrante, Sr. Roberto Andrade Costa, de 60 anos, empresário bem-sucedido e conhecido por dar chances aos jovens do programa Primeiro Emprego, abordaria o tema: O primeiro emprego do jovem sem experiência.

Em pesquisa realizada com empresários da cidade e na comunidade, a associação identificou muitos jovens, entre 16 e 20 anos, desempregados e sem perspectiva profissional. Entre os empresários, havia uma certa relutância em contratar jovens sem experiência. Foi então que o presidente da entidade teve a ideia de convidar o Sr. Roberto para falar sobre o assunto.

— Boa tarde a todos! — disse Roberto, ajustando o microfone. — Hoje vamos falar sobre um tema que preocupa muitos empresários: a contratação de jovens sem experiência.

Carlos, sentado na primeira fileira, sussurrou para o colega ao lado:

— Lá vem mais uma dessas palestras motivacionais...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Todo começo traz desafios, mas é enfrentando o novo que descobrimos nossa força.

 
            O dia amanheceu lindo e, na casa do senhor Carlos, como em todos os domingos, o café da manhã não tinha horário. Já passava das 10 horas da manhã quando o senhor Carlos, seu filho Jefferson, de 16 anos, e Pedro, também com 16 anos e amigo da família, sentaram-se na varanda para tomar o café.

Na segunda-feira, Jefferson começaria seu primeiro emprego, o que o deixava apreensivo e muito nervoso. O medo de enfrentar o novo era visível no semblante do jovem. Aquele brincalhão, que fazia todos sorrirem, dava lugar a uma seriedade estranha naquele dia. Após o primeiro gole de café, ele encontrou um restinho de coragem dentro de si e puxou assunto com o pai.

— Pai, tô muito nervoso com o dia de amanhã. Nem consegui dormir direito essa noite — disse Jefferson, mexendo ansiosamente na xícara de café.

— Calma, cara! Também fiquei assim no meu primeiro dia. É normal — respondeu Pedro, que estava lá para passar o domingo com o melhor amigo.

— Normal? Tô quase surtando aqui! E se eu fizer tudo errado? E se não gostarem de mim? — Jefferson passou a mão pelos cabelos, claramente aflito.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Se não trabalhar para realizar teus sonhos, vai acabar trabalhando para que outra pessoa realize os sonhos dela.

Era só mais um dia na república universitária, um local que reunia vários jovens estudantes, vindos de diferentes partes do estado, todos em busca de realizar seus sonhos. Luiz e Miguel não eram diferentes. Dividiam o mesmo quarto, embora tivessem objetivos distintos. Luiz queria ser médico, enquanto Miguel sonhava em se tornar um advogado que orgulhasse seus pais, amigos e conhecidos na cidadezinha do interior.

Miguel havia saído cedo em busca de um estágio, algo que o ajudaria a custear sua permanência na capital, aliviando o peso financeiro sobre sua família. Um pouco antes do meio-dia, ele voltou e encontrou Luiz o esperando para almoçarem no restaurante da universidade.

— Cara, tô cansado... — Miguel se jogou no sofá do quarto da república, largando a mochila no chão.

— Que foi, Miguel? Chegou da entrevista e tá com essa cara esquisita? — perguntou Luiz, sem tirar os olhos do celular.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O forte chora, o forte sente medo, o forte sente dor, o forte sofre, o forte esmorece, o forte tem dúvidas, mas, o que importa mesmo, é que o forte não desiste, o forte não perde a fé. Seja o forte. Sempre!

 

O sol estava se pondo atrás das árvores da praça, tingindo o céu de laranja. Reinaldo está sentado em um banco, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça baixa. Isabela chega e se senta ao lado dele, trazendo uma presença que ele sempre achou reconfortante. Ao ser indagado do porque daquela cara de desacorçoado, Reinaldo resolve se abrir.

— Às vezes eu me sinto tão… fraco, Isa — ele começou, quase sussurrando, sem olhar para ela. — Qualquer obstáculo, por menor que seja, parece algo intransponível. Daí fico ali, parado, tentando descobrir um jeito de passar por ele, mas, ao mesmo tempo, me bate uma sensação de impotência, desânimo...

Isabela o observou por um momento, inclinando a cabeça para o lado, como quem escolhe cuidadosamente as palavras.

— Fraco? — ela perguntou, com um tom misto de incredulidade e carinho. — Reinaldo, isso não é fraqueza. Na verdade, isso é a maior prova de força.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O que você pediria neste exato momento se soubesse que a resposta seria sim?

 

Era fim de tarde, e Rafaela e Lucas estavam sentados no terraço do prédio onde moravam, observando a cidade ganhar vida com as luzes que começavam a piscar aqui e ali. O vento leve bagunçava os cabelos dos dois enquanto jogavam conversa fora, como sempre faziam depois de um dia cheio. Rafaela, pensativa, olhava para o horizonte, e foi aí que soltou a pergunta que deixou Lucas intrigado:

— Lucas, se você pudesse pedir qualquer coisa agora e tivesse certeza de que ouviria um “sim”, o que pediria?

Lucas, sem pensar muito, respondeu:

— Fácil. Um milhão de reais.

Ela deu uma risada curta e provocou:

— Nossa, tão criativo... Por que todo mundo sempre escolhe dinheiro?

— Porque dinheiro resolve tudo, ué. E você? O que pediria? — devolveu ele.

sábado, 4 de janeiro de 2025

Às vezes você procura respostas e não as encontra, mas olhe ao redor, observe os pequenos detalhes, normalmente é lá que elas estão.

 
            O Sol, naquela tarde de domingo, estava mais quente do que o habitual. Beto foi até a casa de Bia, aceitando o convite da amiga para nadar na piscina e colocarem o papo em dia.

— Cara, tô perdidão! — disse Beto, sentando-se na espreguiçadeira ao lado de sua melhor amiga.

— Que foi dessa vez? — perguntou ela, largando o celular de lado.

— É que... sei lá. Tô naquela fase, sabe? Querendo descobrir meu caminho, entender para onde ir. Parece que todo mundo já sabe o que quer da vida, menos eu.

— Ah, para com isso! Todo mundo se sente assim em algum momento. Eu mesma estava nessa há uns meses.

— Sério? Mas você sempre pareceu ter tudo sob controle!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Não perca a esperança. Sempre existe o “último minuto”.

 
            Lucas e Rafa estão caminhando por uma rua tranquila ao entardecer, se dirigindo até ao supermercado comprar pão, conforme a mãe de Rafa havia pedido. Lucas parece cabisbaixo, chutando pedrinhas no caminho. Rafa, percebendo o desânimo do amigo, puxa assunto.

— Cara, tá tudo bem? — Rafa pergunta, quebrando o silêncio.

Lucas suspira. — Sei lá, Rafa. Sinto que minha vida tá desorganizada totalmente. Na faculdade não consigo acompanhar as matérias, o que está me desmotivando a continuar os estudos. No estágio, a rotina me dá sono e até já pensei em largar tudo. E em casa, existem as cobranças... Nada parece dar certo.

— Sei como é, mas você tá pensando mesmo em desistir? — Rafa olha pra ele com curiosidade e um pouco de preocupação.

— Às vezes penso sim, sabia? Parece que, quanto mais eu tento, mais tudo dá errado.

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