Após mais um dia de
trabalho, Júlia e Netinho, amigos de longa data que agora trabalhavam na mesma
empresa, caminhavam em direção à parada de ônibus que os levaria para o bairro
onde moram. Júlia parecia incomodada com algo.
—
Ei, Netinho, você acredita em tudo que as pessoas dizem? — perguntou Júlia,
ajeitando a alça da mochila.
Netinho
riu suavemente enquanto chutava uma pedrinha pela calçada.
—
Nem sempre, mas confesso que já me decepcionei acreditando demais. Por que a
pergunta?
Júlia
suspirou.
— Sabe aquele amigo do meu primo? O que jurou que ia ajudar no projeto de arrecadação para a ONG? Sumiu. Não atendeu mais mensagem nenhuma. Mas quando a gente conversava, ele era só promessas.