Gabriel tinha 17 anos e
estava naquela fase da vida em que parecia que todo mundo tinha as respostas
certas… menos ele. Estava no terceiro ano e, entre provas, vestibular e as
expectativas da família, sentia o peso de precisar saber exatamente o que queria
da vida. A única coisa que sabia de verdade é que queria fazer algo grande, mas
havia um problema: o medo. Medo de errar, de se decepcionar, de escolher o caminho
errado.
Um
dia, depois de uma aula sobre riscos e investimentos, o professor Ricardo
percebeu que Gabriel estava quieto, pensativo, meio longe. Como um bom
professor de economia e administração, ele sempre acreditou que a mente dos
alunos precisava estar tão bem afiada quanto as contas que ensinava. Resolveu
puxar conversa.
— E aí, Gabriel, tudo bem? Você parece preocupado — disse Ricardo, com aquele tom meio descontraído.