Júlia e Marcos estão
sentados à beira de um rio, observando as águas tranquilas refletirem o céu
alaranjado do fim da tarde. A brisa suave carrega o aroma das flores de um
jardim próximo. Depois de um tempo, Júlia quebra o silêncio.
—
Sabe, Marcos, tem dias em que eu olho para a minha vida e penso: “Será que eu
me conformei?” Tipo, aceito coisas que nem me fazem feliz, só porque é mais
fácil do que lutar por algo melhor. Já sentiu isso?
— Já? Muitas vezes. Acho que é normal, mas não deveria ser. A gente se acostuma a viver no “mais ou menos” porque o “muito bom” dá trabalho, exige coragem, sabe? Mas tem uma coisa que eu aprendi: respeitar-se é o primeiro passo para sair desse ciclo.