Mauro
segurava o estilingue com orgulho, como se fosse a chave para uma grande
aventura. Ao lado dele, Pedro e Lucas compartilhavam a mesma empolgação, rindo
e planejando o que fariam ao encontrar os passarinhos. Era uma tarde quente, e
a sensação de liberdade parecia contagiar o grupo. O portão já estava sendo
empurrado quando a voz grave de Senhor João ecoou pela varanda.
—
Ei, Mauro!
O
garoto parou, ligeiramente contrariado, mas virou-se para o pai.
—
O que foi, pai?
—
Pra onde vocês estão indo com isso aí? — perguntou, apontando para os
estilingues.
— Ah, nada de mais. Vamos só caçar uns passarinhos, vai ser divertido. — Mauro respondeu com um tom de brincadeira, arrancando risadas dos amigos.