sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Assim como a sua, existem outras famílias esperando alguém voltar para casa.

 
            Mauro segurava o estilingue com orgulho, como se fosse a chave para uma grande aventura. Ao lado dele, Pedro e Lucas compartilhavam a mesma empolgação, rindo e planejando o que fariam ao encontrar os passarinhos. Era uma tarde quente, e a sensação de liberdade parecia contagiar o grupo. O portão já estava sendo empurrado quando a voz grave de Senhor João ecoou pela varanda.

— Ei, Mauro!

O garoto parou, ligeiramente contrariado, mas virou-se para o pai.

— O que foi, pai?

— Pra onde vocês estão indo com isso aí? — perguntou, apontando para os estilingues.

— Ah, nada de mais. Vamos só caçar uns passarinhos, vai ser divertido. — Mauro respondeu com um tom de brincadeira, arrancando risadas dos amigos.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

O melhor calmante do mundo não é a água com açúcar, é a água com sal!

 
            Dois amigos, Gabriel e Luana, sentados nas dunas, observam o mar enquanto o vento bagunça os cabelos e o som das ondas se mistura ao riso dos jovens jogando bola na areia. Todos faziam parte da turma do segundo ano da Escola Dom Pedro. Eles vieram passar o fim de semana na praia, numa promoção da escola para celebrar o fim de mais um ano letivo.

Após falarem sobre os mais diversos assuntos, inclusive sobre a escola, Gabriel decidiu abordar outro tema, mais relacionado à situação em que se encontravam, curtindo uma praia.

– Lú, quer saber? Eu tô convencido de que o melhor calmante do mundo não é água com açúcar, é água com sal.

– Água com sal? Isso é coisa de vó que errou na receita do remédio, né?

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Ser criativo é, muitas vezes, ser taxado de louco.

 

No centro da cidade, a Barbearia São Jorge funcionava no mesmo local há mais de 30 anos e mantinha um número razoável de clientes, sendo que a maioria já eram idosos, frequentadores antigos do estabelecimento. A barbearia, além do Sr. Jorge, tinha mais cinco barbeiros e um gerente que, além de barbeiro, cuidava da administração quando o proprietário não estava no local, o que quase sempre ocorria, haja vista a saúde já um pouco debilitada do Sr. Jorge.

Felipe, 25 anos, estava na barbearia desde os seus 14 anos, começando como responsável por recolher os restos de cabelos caídos no chão e por lavar os aventais e toalhas. Com o tempo, aprendeu o ofício de cabeleireiro e conquistou a confiança do Sr. Jorge, logo assumindo o posto de gerente.

O jovem gerente notava que, a cada dia, a clientela diminuía e que algo precisava ser feito. Era preciso modernizar, criar novas ideias para atrair os jovens da cidade. Felipe então resolveu ter uma conversa com seu patrão, no intuito de convencê-lo a realizar algumas mudanças.

domingo, 15 de dezembro de 2024

Não desista de você! Sempre tem alguém que te ama e sentirá tua falta.

 
            Era um domingo chuvoso, e Luís, 15 anos, estava trancado em seu quarto, como fazia nas últimas semanas, procurando alguém para conversar na internet. Ele estava passando por alguns problemas na escola, na família e se afastando de seus amigos.

Em um chat de bate-papo, tinha iniciado uma conversa com uma estranha chamada Elisa. Deu um "oi", perguntou seu nome, mas parou de teclar e ficou olhando para a tela, em silêncio, até que Elisa respondeu.

— Oi, Luís. Você tá aí? Tá tudo bem?

— Não tá tudo bem, não. Acho que nunca esteve.

— Quer falar sobre isso?

— Não sei... talvez. É só que... eu tô cansado, sabe? De tudo.

— Cansado de quê exatamente? Às vezes, falar ajuda a organizar os pensamentos.

sábado, 14 de dezembro de 2024

A vida é feita de fazes. Ou fazes ou não fazes.

 

Às vezes, a vida parece um daqueles jogos cheios de desafios: a cada fase, algo novo para aprender, superar ou encarar. Só que, diferente do videogame, aqui não dá para pausar, mudar de personagem ou ajustar a dificuldade. E o que acontece quando você fica parado, esperando as coisas mudarem sozinhas? Nada. 

Foi pensando nisso que Júlia e Pedro, dois amigos no meio de suas próprias batalhas, começaram uma conversa sincera sobre como lidar com as fases da vida. Entre dúvidas, medos e risadas, eles foram descobrindo juntos uma verdade simples, mas poderosa: “A vida é feita de fases. Ou fazes ou não fazes.” 

Prepare-se para entrar nesse bate-papo e, quem sabe, encontrar a motivação que você estava precisando para passar para a próxima fase. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Sorria! Chorar entope o nariz.

O Sol estava se pondo e três amigos, que aproveitavam o final de semana na praia, estavam sentados na areia à beira-mar, observando as ondas e a bela imagem proporcionada pelo pôr do sol.

Isa: Gente, posso confessar uma coisa? Hoje eu acordei daquele jeito... sabe, com vontade de me esconder do mundo. Parece que, às vezes, a vida pesa demais.

Fábio: Entendo, Isa. Mas sabe o que eu faço quando me sinto assim? Dou risada. Sério. Não porque os problemas somem, mas porque chorar só me faz ficar com o nariz mais entupido. E olha, respirar pelo nariz é importante!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Entre o Silêncio e a Esperança: A Coragem de Pedir Ajuda.

 

Acordei de novo com aquela sensação. Um peso no peito, um nó na garganta. Já nem sei se é tristeza, cansaço ou os dois. Só sei que está lá, firme e pesado. Pior é que nem aconteceu nada, sabe? Não tem um motivo claro, uma razão óbvia. É só essa coisa aqui dentro, me puxando para baixo.

“Por que eu sou assim?” É a pergunta que me faço todo dia. E, claro, nunca tenho uma resposta. Tento continuar, finjo que está tudo bem, mas a verdade é que eu estou cansado. Cansado de lutar contra algo que eu nem sei como explicar.

Às vezes penso nos meus amigos. Eles dizem que se importam, que eu deveria conversar. Mas e se eu falar e ninguém entender? E se acharem que é drama? Pior ainda, e se eu não souber explicar direito?

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Se o tempo curasse, as farmácias venderiam relógios.

 
            Era uma tarde cinzenta, dessas que fazem a gente querer se encolher num canto com uma xícara de café quente nas mãos. O café perto da faculdade estava lotado, cheio de vozes misturadas e o som de xícaras batendo nos pires. Clara e Luciano conseguiram se acomodar num canto mais tranquilo, mas o silêncio entre eles era mais pesado que a garoa lá fora.

Clara girava sua xícara de cappuccino, buscando coragem para dizer o que precisava. Finalmente, quebrou o silêncio:

— Luciano, você não precisa passar por isso sozinho, sabe? Já faz três meses… e parece que você tá se afastando de tudo. De mim, dos seus amigos, até dos seus sonhos.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Não tenha pressa, mas também não perca tempo.

 
            Júlia, de 17 anos, assim como várias outras jovens de sua idade, vive conectada à internet e tem um sonho: ser uma influenciadora de sucesso. Entretanto, mesmo fazendo tudo o que acha ser ideal, sua página no Instagram não decola. Muitas de suas publicações não conseguem nenhuma visualização.

Ela estava quase desistindo da ideia quando Beth, sua amiga de muitos anos, sugeriu que ela entrasse em contato com um influenciador de sucesso que mora na cidade delas para pedir orientação. O influenciador era Lucas, um jovem de 30 anos, conhecido por suas publicações de impacto e grande número de visualizações.

Reconhecido por ser uma pessoa acessível e por compartilhar seu conhecimento com jovens aspirantes a criadores de conteúdo, Lucas aceitou conversar com Júlia e marcou um encontro em uma cafeteria no centro da cidade, muito frequentada pelos jovens locais.

domingo, 8 de dezembro de 2024

Alguns sentem a chuva, outros, apenas se molham.

            Carlos e Gerson estavam sentados na varanda, com os braços cruzados e olhares desanimados. A chuva caía firme, formando pequenas correntes que escorriam pela calçada. Dentro de casa, a falta de energia elétrica interrompera a partida de videogame, que prometia durar a tarde inteira.

Que saco! — reclamou Gerson, mexendo nos cadarços do tênis. — Não dá nem pra jogar direito. Não há nada pra fazer.

Pois é — concordou Carlos, batendo o pé no chão molhado. — Sempre tem que faltar luz justo quando a gente mais quer jogar.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Pássaro criado em gaiola acredita que voar é coisa de louco.

 
            A sala estava cheia. Os alunos do terceiro ano, com olhares divididos entre curiosidade e tédio, aguardavam o início da palestra. Era mais uma daquelas atividades que a escola organizava para orientar os formandos. O palestrante do dia, o professor e escritor Manoel La Fonte, era um senhor de cabelos grisalhos e postura tranquila, mas com uma energia que parecia transbordar pelos olhos. Ele carregava um exemplar de um dos seus livros, Pássaro criado em gaiola acredita que voar é coisa de louco, e parecia já saber exatamente como cativar aquele público.

Depois de uma breve introdução pela coordenadora, Manoel pegou o microfone e começou:

— Bom dia, pessoal! Eu sei, eu sei... Palestra no meio do ano letivo, ninguém aguenta mais, né? Mas vou tentar não ser chato. Hoje, quero falar sobre uma coisa que talvez vocês ainda não tenham percebido, mas que está moldando a forma como encaram a vida.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Não é a carga que faz tombar o caminhão, mas como ele a carrega.

            Felipe entrou em casa batendo a porta. O som ecoou pelo pequeno apartamento, carregado de frustração. Na cozinha, Ana, ainda com a calça social e a blusa leve que vestira para ir ao trabalho, parou de tirar a casca de um ovo cozido e olhou para o relógio. Ele tinha chegado mais tarde do que o habitual.

Logo em seguida, ouviu a mochila sendo jogada no chão e um suspiro pesado que parecia trazer todo o peso do mundo. Ana enxugou as mãos no pano de prato, respirou fundo e foi até a sala.

Oi, amor. Tudo bem? — perguntou, tentando sorrir de forma acolhedora.

Felipe estava largado no sofá. Os cotovelos apoiados nos joelhos, as mãos segurando a cabeça. Ele não respondeu de imediato, mas sua postura já dizia tudo.

— Foi um dia horrível, Ana. O trabalho está um caos, o carro na oficina vai custar uma fortuna, e as contas... nem sei como vamos fazer pra pagar tudo este mês. Parece que tudo está desmoronando ao mesmo tempo.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A tua mente, atualmente, atua ou mente?

 

Na pequena sala de Marcelo, um terapeuta com jeito de professor, Júlia e Lucas sentaram-se, cada um, com seus cadernos e um gravador. O trabalho escolar sobre a influência da mente nas decisões tinha levado os dois ali. Ambos estavam cheios de curiosidade e perguntas.

Vamos começar com o básico: como nossa mente decide por nós? — começou Júlia, ajeitando o cabelo atrás da orelha.

Marcelo sorriu.

— Vou responder, mas antes, deixo um desafio. Pensem em algo que vocês queriam muito fazer, mas desistiram.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Uma mentira coloca em dúvida todas as verdades.

 
            Lucas e Júlia estavam caminhando pela mesma calçada, próxima à praia, onde sempre se encontravam. Era quase um ritual. Depois das aulas da faculdade, gostavam de passar um tempo ali, conversando sobre qualquer coisa, desde as séries favoritas até os planos para o futuro. Mas, naquela tarde, algo parecia fora do lugar. Lucas estava mais calado do que o normal, e Júlia, sempre tão perceptiva, logo notou.

Tá tudo bem, Lu? — perguntou, quebrando o silêncio.

Lucas deu de ombros, evitando o olhar dela.

— Tô... tô sim.

Mas Júlia sabia que não. Lucas nunca conseguia esconder quando algo o incomodava. Ela parou de andar e puxou o braço dele, forçando-o a encará-la.

— Você me conhece, né? Sabe que eu não vou acreditar nesse “tô sim”. Então, o que tá pegando?

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Um navio no porto está seguro, mas não é para isso que ele foi feito.

 
            Era início da tarde quando Henrique, dono de uma pequena loja de materiais de construção, chamou Gustavo, um de seus funcionários, para conversar no pequeno escritório. O clima estava tranquilo, mas Henrique sabia que precisava abordar o assunto com cuidado. Gustavo, de 20 anos, era esforçado, filho de uma antiga funcionária da empresa, que se aposentou, mas ultimamente parecia desmotivado, trabalhando no automático.

Henrique acreditava no potencial de Gustavo, mas há dias que vinha observando o seu funcionário no trabalho e percebeu que ele parecia aéreo, desmotivado e temia que esse comportamento poderia até mesmo causar um acidente, devido a falta de atenção. Diante disso e em consideração à Vera, mãe de Gustavo, resolveu chamar o rapaz para uma conversa e entender o que estava acontecendo.

Gustavo, tudo bem? — começou Henrique, gesticulando para ele se sentar na cadeira em frente à sua mesa. 

Tudo, sim, chefe. Aconteceu alguma coisa? — respondeu Gustavo, desconfiado. 

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Faça um cliente, não uma venda.

 
            Na pequena sala de treinamento, o clima parecia carregado de expectativas. Alguns jovens se ajeitavam em cadeiras que pareciam ficar mais duras a medida em que o tempo passava, mas a curiosidade brilhava nos olhos deles e entregava o entusiasmo. Era o primeiro dia de treinamento para novos vendedores, e o gerente de vendas, Sr. Gustavo, andava pela sala com o marcador de quadro branco na mão, rabiscando palavras soltas no quadro, quase como quem conta uma história. 

Me digam uma coisa, pessoal — ele parou bem na frente deles, os olhos firmes analisando cada rosto. — Qual é o objetivo de vocês aqui na empresa? 

Vender! — disparou Lucas, com um sorriso confiante, típico de quem sempre quer acertar. 

Certo, Lucas. — Gustavo retribuiu o sorriso, mas com um ar intrigante. — Mas vender o quê?  

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Não mostre o seu universo para quem não sabe nem mesmo observar as estrelas.

            Gabriel e João estavam sentados na varanda da casa de João, escutando música e tomando um capeta. Lá no céu, as estrelas brilhavam como se quisessem roubar a cena, e Gabriel parecia mais interessado nelas do que naquilo que João falava sobre sua namorada. 

Tá tudo certo aí? — João perguntou, largando o copo com a bebida e notando o olhar distante de Gabriel. 

Sei lá. — Gabriel suspirou. — Acho que tá bom, mas tem tanta coisa na minha cabeça que fica difícil focar. 

Fala aí, o que tá pegando? — João se ajeitou na cadeira, pronto para ouvir. 

domingo, 24 de novembro de 2024

Esperar dói, esquecer também dói, mas não saber se deve esperar ou esquecer, dói mais ainda.

 

O quarto de Clara estava tão bagunçado quanto ela se sentia por dentro. Pilhas de roupas jogadas na cadeira, um livro aberto no chão, e a cama mal arrumada. Ela estava sentada no meio daquele caos, abraçando um travesseiro como se fosse a única coisa que a sustentava. Ana, sentada no tapete encostada na cama, segurava uma caneca de chá que já tinha esfriado. 

Ele te bloqueou mesmo? — Ana perguntou, quebrando o silêncio que já durava alguns minutos. 

Clara olhou para o chão, evitando o olhar da amiga. 

— Bloqueou. Primeiro no WhatsApp, depois nas outras redes sociais... É como se ele quisesse me apagar da vida dele de uma vez. 

sábado, 23 de novembro de 2024

Diferente dos filmes, na vida não podemos voltar na melhor parte.

 
            A sala estava cheia de vida. Crianças corriam para todo lado, disputando quem pegava mais docinhos da mesa, enquanto o aniversariante de 12 anos exibia orgulhoso o cesto abarrotado de presentes. Luiz, Paulo e Elisa, os primos de 20 anos, estavam no canto da sala, observando tudo com um olhar que misturava diversão e nostalgia.

Olha essa mesa. — Luiz apontou para os brigadeiros, beijinhos e coxinhas perfeitamente alinhados. — Parece aquelas festas que as nossas mães faziam quando a gente tinha essa idade.

Paulo riu, pegando um brigadeiro e o jogando na boca.

Aquelas festas eram épicas. Lembro do meu aniversário de 12 anos. — Ele fez uma pausa dramática, olhando para os primos. — Foi o ano em que ganhei meu primeiro videogame. Cara, eu fiquei tão fissurado que a mãe precisou esconder o controle na semana seguinte porque eu não fazia outra coisa.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Viver é algo mágico.

 
            Laura era moradora antiga daquele bairro e Pedro havia chegado de mudança há pouco mais de dois anos, o suficiente para que ambos se tornassem grandes amigos. Naquele dia, já com o sol se pondo e o céu ganhando tons de vermelho alaranjado, os dois amigos estavam sentados no muro da casa de Laura, jogando conversa fora, como sempre faziam.

Você já reparou como todo mundo fala que a vida é mágica, mas ninguém explica direito por quê? — perguntou Laura, enquanto mexia no sorvete derretendo na casquinha, que acabaram de comprar na sorveteria perto de sua casa.

Pedro deu uma risada leve, encarando o céu que começava a mudar de cor com o pôr do sol.

Talvez porque a mágica tá nas coisas que a gente não explica. Tipo isso aqui, ó — apontou para o horizonte. — Um monte de luzes e cores no céu, de graça, para quem quiser ver.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

É tão bom acordar, pegar o celular e já ter uma mensagem sua.

            Eram 6h47 da manhã quando o celular do Lucas vibrou na mesinha ao lado da cama. Ele esticou a mão, ainda com os olhos fechados, procurando o aparelho. Quase derrubou o copo d’água ao lado, mas conseguiu pegar o celular.

Na tela, uma notificação: **Mensagem de Ana**.

Ele abriu com um sorriso bobo no rosto, daqueles que você nem percebe. Ana era sua amiga desde a infância e todas as manhãs a primeira mensagem no celular era dela.

_"Bom dia, Lucas! Sei que seu dia vai ser cheio hoje, mas só queria dizer que você vai mandar bem, como sempre. Lembrei daquela vez que você achou que ia dar errado e no fim foi incrível. Tô torcendo por você! ❤️"_

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Você chega em casa, faz um café, senta no sofá e não tem mais ninguém ali... Você que decide se isso é solidão ou liberdade.

 
            Na pequena mesa da cafeteria, Ana e Júlia se encontraram após meses prometendo um café juntas. Era uma tarde fria, e as duas seguravam suas xícaras como quem abraça uma fonte de calor.

Não sei como você consegue, Ana — começou Júlia, franzindo a testa. — Chegar em casa, todo dia, e não ter ninguém lá. Eu acho que ficaria maluca.

Ana deu um gole no cappuccino e riu, ajeitando o cachecol.

— E eu não sei como você aguenta dividir espaço com alguém, Júlia. Às vezes, o silêncio é a melhor companhia.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Dia da Bandeira do Brasil

 

Era uma manhã ensolarada no quartel. O vento fazia a bandeira do Brasil tremular com imponência no mastro central do pátio. Os recrutas, ainda se adaptando à rotina militar, estavam alinhados e atentos ao capitão Araújo. Ele era um homem de postura firme, mas suas palavras sempre carregavam um tom inspirador, principalmente quando o assunto era o Brasil. Naquela ordem unida do dia, ele falaria sobre os símbolos nacionais.

O capitão caminhava lentamente pelo pátio, olhando nos olhos de cada recruta.

— Senhores, hoje vamos falar da bandeira do Brasil. Quero que entendam que ela não é apenas um pedaço de tecido. É a representação da nossa identidade, do que somos e do que podemos ser.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Um dia você vai perceber que percebeu tarde demais.

 
            O barulho das rodas dos skates cortava o silêncio da praça. Alberto estava sentado no banco, distraído com o movimento dos amigos ao redor. Denise chegou com um milkshake na mão e se jogou ao lado dele, como fazia sempre. Mas, dessa vez, ele mal notou.

Que cara é essa, Alberto? — ela perguntou, dando um gole no milkshake.

Ele suspirou fundo, ainda olhando para o chão.

— Sabe aquela minha avó que mora no interior e que sempre dizia que iria visitá-la e nunca fui? Ela morreu ontem.

Ana parou de beber e ficou em silêncio por alguns segundos.

— Sinto muito, Beto. De verdade. Você tá bem?

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

15 de Novembro: apenas um feriado?

Como era feriado, a família resolveu fazer um passeio para visitar Seu Zé, que morava numa praia próxima. Seu Zé é avô de Luiz, um garoto de 10 anos, muito curioso e inteligente.

Após tomarem um café foram para a sala, onde a TV estava ligada e no momento estava passando um desfile de soldados e veículos do exército. Luiz quis logo saber o que era aquela movimentação toda.

Vovô, o que está acontecendo? 

Seu Zé, que sempre dava a maior atenção aos seus netos, tinha 3, esboçando um certo orgulho, lhe respondeu:

Esse é um desfile do dia 15 de novembro. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Maturidade é ter coragem de assumir que, algumas vezes, o errado é você.

 
            Lucas tinha 16 anos e estava decidido: queria sair com os amigos naquela noite. Ele vinha tentando há dias convencer o pai, mas o “não” parecia ser a resposta final. Só que, naquela tarde, Lucas decidiu que ia ter uma conversa séria, de igual para igual. Era hora de mostrar que ele já não era mais uma criança. Pelo menos era isso que ele achava.

— Pai, preciso conversar com você — Lucas chamou, com aquele tom de quem já tinha tudo planejado na cabeça.

O pai, que estava ocupado na mesa do escritório, olhou para ele, meio desconfiado, e fez um gesto para que ele se sentasse no sofá da sala e sentou-se ao seu lado.

Diga, Lucas.

Eu sei que você acha que eu não tô pronto pra sair sozinho à noite, mas eu tô tentando te mostrar que já sou maduro o suficiente, que você pode confiar em mim — Lucas começou, com aquela segurança que a gente tem quando quer provar um ponto. — Sei que você se preocupa, mas eu sempre aviso onde estou, ando com uma turma tranquila, e prometo voltar no horário.

Se você tiver coragem de deixar de ser o que é hoje, corre o risco de se transformar naquilo que deseja ser amanhã.

 
            A sala estava cheia, e a atenção da turma oscilava entre o tédio e a expectativa. Era só mais uma palestra na escola, coisa que acontecia uma vez por mês para a turma do terceiro ano. Último ano na escola. 

             Mas o palestrante que subiu ao palco parecia diferente, era um jovem de uns 35 anos, vestindo camiseta, bermuda e chinelos de dedo,  e parecia que ele não estava lá para falar de política,  religião ou sobre notas. Ele abriu um sorriso meio misterioso, sentou-se no chão, na beira do palco e começou sem rodeios.

— Olá, pessoal. Meu nome é Carlos. Não vou falar meu sobrenome porque vocês não irão entender. Eu mesmo levei anos para entender o porquê de tantas consoantes e quase nenhuma vogal. Até hoje acho que não o pronuncio corretamente. Aliás, tenho certeza de que não.

A turma toda riu, exatamente como ele havia previsto. A intenção era descontrair, tirar a tensão do estranho, do desconhecido. Levantou-se e fez uma pergunta:

— Vocês sabem qual é o maior risco que a gente corre na vida?

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Hoje é o dia! Hoje é o dia de se apaixonar por você, por sua família, por seus sonhos e pela vida!

 
            Mário assistiu à missa como fazia todos os domingos pela manhã, mas naquele dia em especial, estava meio aéreo, parecia um tanto desconcertado. Padre Paulo, que o conhecia desde pequeno, percebeu haver algo diferente no jovem, que costumava esbanjar alegria. Ao término da missa, Mário permaneceu sentado, sozinho, de cabeça baixa, como se estivesse rezando. Padre Paulo, com seu jeito sereno e sempre preocupado com seus paroquianos, se aproximou do jovem para tentar descobrir o que estava acontecendo.

 Bom dia, Mário — disse o sacerdote.

Mário balbuciou um bom dia, jogou o corpo para trás e ficou olhando para o teto da igreja.

O padre então tomou a frente da conversa.

— Meu filho, percebi que você está diferente hoje. Não cantou e nem acompanhou as orações. Seu corpo estava aqui na igreja, mas seus pensamentos estavam lá sabe-se onde. Posso te ajudar?

domingo, 10 de novembro de 2024

Tudo aquilo que é bom, dura o tempo necessário para se tornar inesquecível.

 
            Marta estava sentada no sofá com João, de 16 anos, e Sofia, de 14, folheando um velho álbum de fotografias. As páginas já estavam meio desgastadas, as bordas um pouco amareladas, mas o valor daquelas fotos… ah, isso era eterno. Cada foto representava um pedaço de um passado que, apesar de estar lá atrás, ainda teima em se fazer presente, trazendo recordações como se tudo aquilo estivesse sendo vivido hoje.

             Entre paisagens, flores e animais, Marta e seu marido, Pedro, apareciam nas fotos ainda jovens e sorridentes, percorrendo trilhas, mochilando por aí, dormindo em acampamento no meio da mata. Os dois exploravam aventuras como se fossem parte daqueles lugares lindos, onde a natureza se eternizava em sua beleza.

Mãe, você e o pai conheceram muitos lugares como esse? — perguntou João, surpreso, apontando uma foto onde ambos estavam no topo de uma montanha, com o sol se pondo num céu todo colorido.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Sucesso é uma questão de sorte. Qualquer fracassado vai te afirmar isso.

 

Era uma tarde ensolarada e três amigos, Lucas, Rafa e Bianca, resolveram se encontrar em uma lanchonete da cidade para conversar e botar o papo em dia. Entre uma mordida no hambúrguer e outra, o assunto começou a esquentar quando o tema “sucesso” entrou na roda.

Lucas, de 24 anos, sempre foi o tipo determinado. Ele tinha recentemente conquistado uma posição de destaque na empresa onde trabalhava, e os amigos viam nele um exemplo de sucesso. Mas Rafa, de 22, não estava tão satisfeito com o caminho que a vida parecia estar tomando. Nada dava certo para ele, e, frustrado, costumava dizer que era “azarado” e que sucesso era questão de sorte. Já Bianca, com 19 anos, estava confusa, sem saber muito bem para qual lado ir e se deveria acreditar no esforço ou no destino.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Vai dar tudo certo!

 
            Ana, Felipe, Luísa e Gabriel estavam visitando um Templo Budista e durante a visita estavam tendo muitas emoções, com direito, inclusive, a ouvir conselhos sobre paz interior diretamente de um monge. A caminhada pelo local os estava deixando cansados. Então resolveram parar na lancheria do templo, para descansar e fazer um lanche.

Ana, entretanto, tinha outros planos. Avisou aos amigos que iria dar uma volta e voltaria logo. Ela se afastou, observando o movimento tranquilo do templo. O ar era leve, e o silêncio parecia envolver cada canto do lugar. A intenção dela, no entanto, era procurar o monge que haviam encontrado mais cedo. Andou por uns 10 minutos e o encontrou, no mesmo lugar, perto de um pequeno lago, sob a sombra de uma frondosa árvore. Ana aproximou-se, hesitante, e o monge, mesmo com os olhos fechados, logo notou sua presença.

Olá, aproxime-se. Você é a Ana, não é mesmo? — ele a cumprimentou com um sorriso gentil. — Algo me diz que você tem mais perguntas.

Como… o senhor lembrou de mim? Como sabia que era eu? — ela perguntou, um pouco surpresa.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Nunca sinta vergonha daquele que faz de tudo para te ver feliz.

 

Marcelo, com seus 17 anos, estava em um daqueles dias em que o peso do mundo parecia maior do que ele podia carregar. Sentado na varanda da casa do avô, olhava para o horizonte sem prestar muita atenção em nada. Seu pai, João, e o avô emprestado, Sr. Antônio, estavam ali também, em silêncio. O avô percebeu o olhar distante do neto e quebrou o silêncio:

Parece que hoje tem alguma coisa entalada aí, hein, Marcelo? — disse o Sr. Antônio com um sorriso leve, aquele típico jeito descontraído que ele usava para começar uma conversa.

Marcelo deu de ombros, sem muito entusiasmo.

— É, talvez… Só um monte de coisa na cabeça.

domingo, 3 de novembro de 2024

Às vezes, o silêncio causa o maior barulho.

 
            Lucas, com seus 17 anos, sentava-se na poltrona do consultório da terapeuta pela primeira vez. As mãos inquietas, os pés batendo no chão. Não gostava muito da ideia de estar ali, mas sabia que precisava de alguma ajuda. Ele vivia perdendo o controle, falando coisas no calor do momento e depois, quando a raiva passava, ficava só o arrependimento.

A terapeuta, Dr.ᵃ Helena, observava em silêncio. Sabia que não precisava fazer muito para ele começar a falar. E, claro, não demorou muito:

Sabe, eu não aguento! Parece que as coisas vão saindo sem eu pensar. Quando eu vejo, já falei um monte e a pessoa fica lá, sem saber o que fazer. Depois… depois eu fico me sentindo horrível — Lucas desabafou, suspirando.

sábado, 2 de novembro de 2024

Somos substituíveis naquilo que fazemos, mas jamais naquilo que somos.

 

Léo estava sentado na varanda com o avô, num fim de tarde tranquilo, quando resolveu desabafar. Ele recém havia completado 16 anos e acabara de perder o estágio e, sabendo que a vaga logo seria preenchida por outra pessoa, sentia um vazio estranho no peito. Olhou para o avô, que saboreava o café lentamente, e não resistiu:

— Vovô, você já se sentiu… substituível?

O velho sorriu de canto, observando o neto por alguns segundos antes de responder.

Olha, Léo, já sim. Acho que todo mundo sente isso em algum momento, principalmente quando perdemos algo que a gente acha que só nós sabemos fazer — começou ele, ajeitando os óculos. — Mas deixa eu te contar uma coisa… você lembra da história da oficina, né?

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Gratidão. Use sem moderação!

 
            Era uma tarde comum, e Sofia e Miguel estavam sentados na beira de um lago, descansando depois de uma semana intensa. O céu estava levemente nublado e a brisa fresca fazia as árvores balançarem, criando uma melodia suave ao redor deles. Enquanto conversavam sobre as dificuldades da vida, Sofia soltou um suspiro pesado.

Cara, às vezes parece que nada dá certo — ela desabafou, olhando para o chão. — É como se eu estivesse sempre correndo atrás de alguma coisa que nunca chega.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Não deixe que seus medos atrapalhem seus sonhos. Ao contrário, divirta-se com eles.

 

Gabriel tinha 17 anos e estava naquela fase da vida em que parecia que todo mundo tinha as respostas certas… menos ele. Estava no terceiro ano e, entre provas, vestibular e as expectativas da família, sentia o peso de precisar saber exatamente o que queria da vida. A única coisa que sabia de verdade é que queria fazer algo grande, mas havia um problema: o medo. Medo de errar, de se decepcionar, de escolher o caminho errado.

Um dia, depois de uma aula sobre riscos e investimentos, o professor Ricardo percebeu que Gabriel estava quieto, pensativo, meio longe. Como um bom professor de economia e administração, ele sempre acreditou que a mente dos alunos precisava estar tão bem afiada quanto as contas que ensinava. Resolveu puxar conversa.

E aí, Gabriel, tudo bem? Você parece preocupado — disse Ricardo, com aquele tom meio descontraído.

Quando eu era criança, esse era o meu Halloween.

 
            Era uma noite de Halloween e a galera do bairro havia caprichado nas fantasias. Entre eles, João estava de vampiro, Mariana tinha uma caveira assustadora, Lucas vestia uma capa de bruxo, e Clara, com um chapéu pontudo, era uma bruxa clássica. Andavam juntos, rindo e contando histórias assustadoras de fantasmas e vampiros, prontos para curtir a noite com a tradicional caça aos doces e algumas boas risadas. Mas, de repente, eles avistaram algo curioso: um velho senhor sentado na praça, calmamente fumando um cachimbo e observando o grupo com um leve sorriso no rosto.

Curiosos, se aproximaram. João, o “vampiro”, foi o primeiro a cumprimentá-lo:

E aí, senhor, tá achando a gente assustador? — disse ele, brincando enquanto mostrava os “dentes” afiados de plástico.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Não julgue as escolhas, se não conheces os motivos.

 

Na praça da cidade, Luísa e Pedro estavam sentados, aproveitando a tarde para colocar o papo em dia. Era raro terem um tempo assim, sem a correria da faculdade ou do estágio para atrapalhar.

Cara, você viu que a Amanda largou o estágio? — comentou Pedro, balançando a cabeça em descrença. — Um estágio na área, bem pago, e ela simplesmente desistiu! Não entendo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A paz que você procura, muitas vezes, está no silêncio que você mesmo não faz.

 
            Era uma manhã nublada quando Ana, Felipe, Luísa e Gabriel chegaram ao templo budista. Todos estavam em silêncio, mas não porque queriam — a regra do lugar era clara: nada de falar alto, risos ou celulares. Para eles, que vinham de uma rotina agitada na cidade, aquilo parecia um desafio e tanto.

No começo, tudo foi bem. Eles andavam juntos pelo jardim do templo, observando as estátuas e o lago com peixes dourados, até que Felipe, que sempre tinha algo engraçado para dizer, murmurou:

— Será que eles aceitam ouvir um pouco de samba aqui? Tá tão quieto…

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Enquanto cuidam da minha vida, eu cuido do meu sucesso.

 
            Paulo sempre foi aquele tipo de sujeito que preferia ficar na dele, cuidando dos próprios planos, mesmo que ainda nem tivesse muita certeza de onde queria chegar. Era quieto, mas com uma sede de sucesso que poucos percebiam. Aos 19 anos, enquanto os amigos estavam focados em festas e redes sociais, ele vivia devorando cursos online, sempre aprendendo algo novo. Sua meta? Chegar longe, rápido. E, sinceramente, ele nem sabia se alguém acreditava nisso, mas não fazia diferença.

Mas, como era de se esperar, as críticas vieram. No escritório onde trabalhava como estagiário, o pessoal mais velho cochichava:

— Lá vai o novato querendo subir na vida — ouvia às vezes pelos corredores.

Você não pode acalmar uma tempestade, mas pode manter a calma até ela passar.

 

Era uma sexta-feira à noite, e o grupo de amigos se encontrou no café de sempre, na área de alimentação da universidade. Carol, Pedro, Lucas e Júlia tinham o hábito de se reunir para falar da vida, contar histórias da semana e, claro, reclamar dos desafios que enfrentavam. Naquela noite, porém, todos pareciam especialmente pensativos.

Sabe quando tudo parece estar dando errado ao mesmo tempo? — desabafou Carol, largando a mochila no chão e se jogando na cadeira. — Essa semana foi um verdadeiro caos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Dinheiro pode comprar muitas coisas, mas não abana a cauda sempre que você chega em casa!

 
            Na sala de estar de um pequeno apartamento, três amigos conversavam enquanto assistiam a um filme. Caio, sentado no sofá com seu laptop no colo, olhava distraidamente para a tela. Júlia, deitada em uma almofada no chão, acariciava seu cachorro adotado, Teco, que dormia tranquilamente ao seu lado. Já Pedro estava escorado na parede, com os braços cruzados, ouvindo a conversa.

Cara, às vezes eu penso em como o dinheiro facilita muita coisa — começou Caio, ainda sem tirar os olhos do computador. — Imagina a quantidade de lugares que dá pra conhecer, as coisas que dá pra comprar… deve ser bom demais!

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Sobre a vida: está cheio de gente querendo ensinar o que nunca aprendeu.

 
            A noite foi chegando de mansinho, mas não conseguiu fazer com que a escuridão tomasse conta de tudo, pois a Lua, com todo o seu charme e beleza, se aproximou e, com seu brilho majestoso, estava iluminando os caminhos dos amantes noturnos.

Enquanto isso, em uma mesa da lanchonete, três amigos discutiam sobre a vida enquanto tomavam refrigerante e dividiam uma porção de batata frita. João, sempre o mais sério do grupo, estava irritado com um colega de serviço, que teimava em lhe dar conselhos sobre a vida.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Se você tiver a chance de ser legal com alguém, seja. A vida já tem idiotas demais!

 

Era uma noite tranquila na cidade, daquelas em que o céu, limpo e cheio de estrelas, parecia convidar para uma pausa. Júlia estava sentada no degrau da escada do prédio, com os fones de ouvido no volume máximo, tentando se desconectar do mundo por alguns minutos. A semana havia sido pesada — trabalho, faculdade, uma briga feia com o namorado... tudo parecia se acumular como um peso enorme nas costas.

Ela mal percebeu quando Miguel se aproximou. Os dois não se conheciam muito bem, apenas trocavam cumprimentos ocasionais no prédio. Ele morava no mesmo andar e parecia ser o tipo de pessoa sempre de bom humor, o que naquele momento só irritava ainda mais Júlia.

Oi, Júlia, tá tudo bem? — Miguel perguntou, se sentando ao lado dela com um sorriso leve.

sábado, 19 de outubro de 2024

Você até pode ter medos bobos, mas nunca deixe de ter coragens absurdas.

 
            A turma estava inquieta naquele dia. A aula de Filosofia estava quase acabando, mas a professora Rosane, sempre com seu jeito descontraído, percebeu que aquele era o momento ideal para uma conversa diferente. Ela se apoiou na mesa e olhou para os alunos, que ainda cochichavam entre si.

E aí, pessoal? Já pensaram em como o medo afeta a vida de vocês? — começou ela, quebrando o barulho da sala. A pergunta pegou alguns de surpresa, mas logo o silêncio tomou conta. A professora sabia como capturar a atenção da turma.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Os olhos são inúteis quando a mente é cega!


            Em uma tarde ensolarada, Lucas, Clara e João, sentados junto à piscina da casa de Clara, conversavam sobre a vida, os desafios e os sonhos que pareciam distantes. Os três tinham 20 anos e estavam naquela fase de querer tudo, mas, ao mesmo tempo, sem ter ideia de por onde começar.

Lucas, meio desanimado, brincava com o cachorrinho da Clara e foi quem primeiro quebrou o silêncio.

— Sabe, várias vezes eu acho que nunca vou conseguir fazer nada grande. Tipo, eu vejo as oportunidades, mas sempre penso que nada vai dar certo. É como se já estivesse derrotado antes mesmo de tentar.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Jogar palavras ao vento, é fácil. Difícil, é interpretar o silêncio.

 
Naquela tarde, os irmãos Pedro (17) e Clara (22) estavam em uma mesa, na calçada de uma cafeteria, apenas observando o movimento. A brisa leve bagunçava os cabelos deles, mas ninguém parecia muito preocupado com isso. Pedro, depois de um bom tempo em silêncio, resolveu perguntar:

Clara, por que você anda tão calada ultimamente? Parece que tá sempre pensando em mil coisas, mas nunca diz nada.

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