quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Pergunte menos “por quê?” e mais “pra quê?”.

 

O Lucas estava largado no sofá da sala, encarando o teto como se tivesse alguma resposta escrita lá. Moleque de 16 anos, cheio das crises existenciais (principalmente depois de um dia daqueles na escola). Eu, tio João (50), estava de visita, tomando meu cafezinho forte e segurando o riso da cara de fim do mundo dele.

— Por que tudo dá errado pra mim, tio? — ele solta, com aquela voz de “tô desistindo de tudo”.

Por dentro eu ri, mas fiquei sério na pose.

— Lucas, eu já fui igualzinho você, cara. Só perguntava “por quê?”. Por que isso, por que aquilo, por que fulano foi grosso comigo… até que um dia, caiu a ficha: tem que perguntar menos “por quê?” e mais “pra quê?”.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Ou você assume o controle da sua vida, ou alguém assume por você.

 
            — Mano, me diz uma coisa — começou Leo, olhando pela janela do nosso quarto. — O que você acha daquela frase clichê: “Ou você assume o controle da sua vida, ou alguém assume por você”?

Eu, que estava jogando videogame, pausei o jogo e virei a cabeça.

— Clichê? Talvez. Mas, no fim das contas, é mais real do que parece.

Leo bufou.

— Ah, qual é? Eu acabei de fazer 16 anos. Ninguém tá controlando a minha vida.

— Não é assim, de forma direta, sabe? — respondi, me ajeitando na cama para encará-lo. — Não é como se um vilão de filme aparecesse com um controle remoto e começasse a apertar os botões da sua vida. É mais sutil.

— Sutil como?

— Como quando deixamos de fazer algo que queremos porque os outros acham que é “perda de tempo”. Ou quando escolhemos uma carreira só porque “dá dinheiro”, mesmo odiando a ideia de passar o resto da vida fazendo aquilo.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

O “não vai dar certo” só vale se você acreditar.

 
            — Eu tava pensando… será que não é melhor desistir logo antes de passar vergonha e ser zoado?

— Nossa, que energia boa pra uma terça-feira, hein? Se hoje você já tá assim, imagina como vai tá amanhã.

— É sério! Toda vez que eu tento alguma coisa, alguém aparece pra dizer “não vai dar certo”. Parece que ficam na espreita só pra me colocar pra baixo.

— E você acredita?

— Quase sempre. É como se a frase viesse com selo de verdade.

— Então você tá fazendo errado. Essa frase só vale se você acreditar nela. Se você der “vida” pra ela.

— Como assim “fazer errado”? Não é melhor ouvir os mais experientes?

— Ouvir, sim. Viver a vida inteira debaixo do guarda-chuva de outra pessoa, não. Às vezes, se molhar faz bem.

domingo, 10 de agosto de 2025

Feliz Dia dos Pais! Ao melhor amigo que existe.

 
            A manhã estava preguiçosa. O sol entrava pelas frestas da cortina e iluminava o tapete da sala. O cheiro de pão torrado e café recém-passado ainda vinha da cozinha. Ana estava deitada no sofá, com as pernas jogadas para cima do encosto, mexendo no cabelo. Lucas estava afundado na poltrona, com os fones no pescoço e o celular na mão. Sofia, encostada no braço da poltrona, folheava uma revista, mas parecia mais interessada em ouvir a conversa dos dois.

O pai entrou na sala devagar, segurando uma caneca de café. Olhou para os três com um sorriso meio cansado, mas cheio de afeto.

— Então… hoje é Dia dos Pais, né? — disse ele, se ajeitando na poltrona ao lado de Lucas.

Ana girou o corpo e sentou. — É sim! A gente até queria saber… o que o senhor gostaria de ganhar de presente?

Ele deu um gole no café, apoiou a caneca no braço da poltrona e suspirou.

— Para falar a verdade? Só queria um abraço de vocês três… e ouvir um “te amo” de vez em quando.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Não seja a próxima vítima da internet

 
            Numa tarde ensolarada, o professor Marcos (40 anos), do cursinho de informática, resolveu falar sobre os golpes na internet, o que prendeu a atenção dos seus alunos: uma turma com idades entre 13 e 20 anos.

— Beleza, pessoal. Vamos direto ao ponto. Alguém aqui já viu algum anúncio na internet prometendo dinheiro fácil? Tipo: “Ganhe mil reais em dois dias com investimento digital”?

— Ih, direto! Vi um esses dias. Era tipo: "Invista 100 e receba 1.000". Quase cliquei! — comentou Michele, 16 anos.

— Minha prima caiu num desses. Hackearam o Insta dela e usaram pra oferecer "oportunidade de ouro" pros amigos. Fizeram ela de isca. — comentou Luiz, 19 anos.

— Pois é, Michele e Luiz, está tudo muito mais fácil hoje. Não fácil para ganhar dinheiro, mas fácil para cair em golpe. A galera está criando site falso, perfil falso e até clonando conta de gente de verdade. E sabe o que é pior? Funciona.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Quando você está saudável, sua cabeça deseja mil coisas. Mas, quando você está doente... tudo o que você deseja é melhorar.

 
            — Cara, se eu te contar o que eu aprendi esta semana, tu vai rir... ou chorar, depende do nível de empatia.

— Ih, lá vem tu com aqueles papos de quem ficou três horas vendo documentário de saúde no YouTube. Fala aí, doutor.

— Quase isso. Só que foi no hospital mesmo.

— Como assim? Tá doente?

— Fui parar no hospital por besteira. Dor de estômago virando dor nas costas, que virou enjoo, que virou desespero. Achei que ia morrer, cara. E tudo isso porque eu tava vivendo como se meu corpo fosse de ferro.

— Mas tu é novo, pô! Recém fez 17 anos e já tá com essas tretas?

— Pois é. E sabe o que é mais doido? Quando você tá saudável, sua cabeça quer mil coisas: grana, sucesso, curtida, crush, viagem, celular novo, sei lá. Mas, quando tu tá doente... tudo o que você quer é melhorar. Só isso. Não pensava em outra coisa. Queria ir logo pra casa.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Olhos que olham são comuns. Olhos que veem são raros.

 
            — Tá vendo aquilo ali? — perguntei, apontando pro muro rabiscado perto da escola.

— Tô, ué. Um monte de pichação e um cachorro mijando. O que tem?

— Então… é aí que tá. Você olhou. Mas você viu?

— Ah, lá vem tu com esses papos de velho sábio… Agora vai me dizer que aquele cachorro é uma metáfora da vida?

— Não. Mas podia ser. A questão é que muita gente passa pelos lugares, pelas pessoas, pelos dias... mas quase ninguém vê de verdade o que tá diante do próprio nariz.

— Tá, mas ver o quê? Um muro sujo?

— Não é só o muro. É o que ele carrega. Cada rabisco ali tem uma história. Aquele “Tati & Luan 4ever” provavelmente já acabou. A assinatura “ZK-22” pode ser de um moleque que só queria que alguém notasse que ele existe. E o cachorro... bem, ele só precisava fazer xixi mesmo.

terça-feira, 22 de julho de 2025

A Alma diz: - Encontre a paz e tudo entrará nos eixos. O Ego diz: - Quanto tudo entrar nos eixos você encontrará a paz.

 
            Numa tarde quente, com o sol pedindo um picolé, dois amigos, Lucas e Gabi, estão sentados num banco de praça, vendo a vida passar. Lucas, 17 anos, tem aquele olhar perdido de quem tenta montar um quebra-cabeça sem todas as peças.

— Gabi, às vezes sinto que tô correndo atrás de um monte de coisa, sabe? Vestibular, um trampo legal, um canal no YouTube que bombe… Mas parece que nunca chego lá. Tô exausto.

— Sei como é, Lucas. A vida parece uma maratona sem linha de chegada, né? Mas deixa eu te contar uma coisa que aprendi na raça: tem duas vozes dentro da gente brigando o tempo todo. A Alma, que é calma, tipo aquele amigo que te chama pra tomar um sorvete e relaxar. E o Ego, que fica gritando: “Corre, faz mais, prova que tu é o cara!”

— Duas vozes? Tô ficando maluco e ninguém me avisou?

— Não, bobo! É só uma metáfora, relaxa. A Alma é aquela parte de você que sabe quem você é de verdade. Ela não liga pra curtidas ou praquela nota máxima. Ela quer que você encontre paz, sabe? Tipo, curtir o momento, sentir o vento na cara, rir com os amigos.

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Não seja o curativo nas feridas de outra pessoa, pois curativos são descartados quando elas cicatrizam.

 
            — Ei… posso sentar aqui? — ela perguntou, com aquela cara de quem tem muita coisa engasgada.

— Pode, claro — respondi, dando uma chegadinha para o lado no banco.

— Tô meio... sabe quando você tá cansada, mas não só do corpo?

— Do mundo inteiro, né? Já senti isso. Um cansaço que parece que nem cochilo resolve.

— Exato. Acho que tô virando apoio demais pros outros e zero pra mim.

— Bem-vinda ao clube dos que escutam todo mundo e voltam pra casa com a cabeça cheia e o coração meio vazio.

— É tipo isso. Sempre que alguém quebra, eu viro a “salva-vidas”. Mas quando eu tô afundando, ninguém nem vê.

— Você virou o curativo.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

As conquistas são suas, não dos outros.

 
            Era uma tarde quente. Pedro, 17 anos, estava sentado num banco no parque, mexendo no celular e com uma cara meio triste. Ao lado dele, Clara, 22, universitária, que costuma ser meio tagarela, tomava água e notou o clima do amigo.

— Que foi, Pedro? Tá com cara de quem perdeu o sorteio do bife no almoço.

— Ah... sei lá. Tô meio decepcionado. Postei no grupo que consegui a bolsa na faculdade, e poucos curtiram. Teve até um que comentou de um jeito meio debochado... Fiquei com a sensação de que ninguém ficou feliz por mim.

— Sério que você tá se deixando abater por isso? Pedro, vou te falar uma coisa que eu aprendi do jeito difícil: tem gente que não vibra com nada, nem ninguém, nem por elas mesmas. Imagina pelos outros?

— Ué, mas isso é o quê? Inveja?

— Nem sempre. Às vezes essa pessoa tá desgostosa com a própria vida, vivendo uma fase ruim, e ver alguém vencendo é doloroso pra ela. Já passei por isso. Quando consegui entrar na faculdade, fiquei toda animada, divulguei em todas as redes... Uma amiga, que eu considerava quase uma irmã, visualizou e não curtiu. Depois descobri que ela não tinha passado no vestibular. Tava pra baixo.

domingo, 13 de julho de 2025

O Rock Não Envelhece

Cenário: Uma garagem com cheiro de passado e eco de guitarras. Um velho rádio toca “Smoke on the Water” baixinho. Sentado num sofá surrado, seu Zeca — um roqueiro de 67 anos com camiseta do Led Zeppelin, cabelos grisalhos presos num rabo de cavalo e olhos que brilham como holofotes — está cercado por três jovens: Lucas (15), Júlia (16) e Rafa (18). O assunto? Música. Mais precisamente: rock.

— Vocês sabem o que é isso que tá tocando? — pergunta seu Zeca, apontando com o queixo pro rádio.

— Deep Purple? — arrisca Rafa, meio inseguro.

— Isso mesmo! “Smoke on the Water” (Fumaça sobre as águas). O riff mais famoso do rock. Se um dia vocês pegarem uma guitarra, vão aprender esse antes de saber afinar o instrumento. É quase um batismo.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Você bebe água ou só mata a sede?

 
            Cenário: Uma sala de aula, fim de tarde. O sol já baixou, e a escola está quase vazia. Um grupo de adolescentes de 12 e 13 anos está reunido em círculo com o professor Eduardo, que manja tudo de saúde do corpo. O assunto da conversa de hoje? Água. Sim, água.

— E aí, pessoal... já pararam para pensar na real importância da água no nosso corpo? Tipo assim: sem ela, a gente simplesmente... trava. O que vocês acham que acontece se a gente ficar sem beber água o suficiente?

— Ah, sei lá... dá sede, né? Fica com a boca seca.

— Exatamente! A sede é tipo um alerta vermelho que o corpo acende: “Ô, me dá água aí, pô!”. Mas o buraco é mais embaixo. Nosso corpo é feito, mais ou menos, de 60% de água. Músculos, sangue, até os ossos — tudo precisa de água para funcionar direito.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Um Encontro para Falar de Carinho e Superação


Numa tarde quente, Dona Clara, uma senhora de 60 anos com jeitão de avó, está sentada num banco da praça do bairro, conversando com um grupo de adolescentes. Tem o Lucas, de 15 anos, que não para de mexer no boné; a Ana, de 13, que vive com o celular na mão; e a Bia, de 14, que está sempre fazendo perguntas. Eles estão falando do incêndio que acabou com a casa da Dona Maria, uma vizinha que perdeu tudo: casa, roupas, móveis, até os documentos. A praça está calma, com passarinhos cantando e um vento leve balançando as árvores.

— Ai, gente, meu coração está partido pela Dona Maria. Perder tudo assim num incêndio... Não consigo nem imaginar – diz Dona Clara, ajeitando o lenço na cabeça, com a voz meio embargada.

— Sério, Dona Clara, eu vi a fumaça de longe, parecia filme de terror. Como a gente pode ajudar? – pergunta Lucas, tirando o boné e passando a mão no cabelo.

Você está no caminho certo... Quando perde o interesse de olhar para trás.

 
— Ei, Bê, já sentiu aquela coisa estranha de correr atrás de algo, mas não saber se está no caminho certo? Às vezes fico olhando pra trás, pensando se não deveria ter feito tudo diferente...

— Nossa, Lara, já passei por isso um milhão de vezes! Sabe, essa dúvida é como um mosquito zumbindo no ouvido. Mas vou te contar um segredo que descobri: você está no caminho certo quando perde o interesse de olhar pra trás. Sério, é tipo ganhar um superpoder!

— Hã? Perder o interesse de olhar pra trás? Parece bonito, tipo poesia, mas não sei se entendi direito...

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Uma folha de papel em branco se presta a qualquer ideia.

 
            Era uma tarde preguiçosa de sábado. João, 16 anos, estava jogado no sofá da sala, mexendo no celular sem muito ânimo. No outro sofá, sua prima mais velha, Clara, 23 anos, folheava um caderno, com um sorriso meio misterioso no rosto.

— Clara, o que você está fazendo aí com esse caderno? Está escrevendo um romance ou o quê? — João perguntou, sem tirar os olhos da tela.

— Nada de romance, João. Estou só olhando essa página em branco. Sabe o que ela me lembra? Uma chance novinha em folha.

— Uma página em branco? Tá, mas é só um papel, né? O que isso tem de tão especial?

— É mais que papel, cara! Uma folha em branco é tipo... um convite. Ela está ali, quietinha, esperando você jogar qualquer ideia maluca que passar pela sua cabeça. Pode ser um desenho, uma música, uma história ou até um plano para mudar o mundo.

terça-feira, 24 de junho de 2025

SENTA QUE LÁ VEM PROSA! Um caipira explicando o São João para os jovens da cidade


— Ô, pessoal bão demais da conta! Me chamaram aqui hoje pra conversar um tiquinho com vocês sobre as Festas Juninas. Eu sou o Zé Benicio, nascido e criado no sertão de Minas, lá onde a poeira dança com o vento e o milho é rei. Vim trazer um bocado de sabedoria da roça pra vocês, estudantes das capital. Então, pode ir tirando esse olhar de quem acha que sabe tudo, que hoje quem fala sou eu!

sábado, 21 de junho de 2025

Uma mentirinha de nada...

 
            Noite de sexta-feira, em uma sala de estar aconchegante. O pai, João, está sentado no sofá, com um copo de café na mão. Seus filhos, Lucas (16 anos), Mariana (15 anos) e Sofia (17 anos), estão espalhados pela sala, mexendo nos celulares. O clima está meio leve, mas João parece querer falar algo sério.

— Crianças, bora desligar esses celulares um minutinho? Quero contar uma história para vocês. É meio pesada, mas acho que vale a pena ouvir.

Lucas solta um suspiro, mas guarda o celular.

— Tá, pai. É tipo história de terror ou o quê?

Mariana dá um sorriso.

— Se for pra falar de fantasmas, eu já tô fora!

Sofia revira os olhos.

— Relaxa, Mari. Deve ser mais um daqueles papos de “façam a coisa certa”. Né, pai?

— É mais ou menos por aí, Sofia. Mas escutem, porque isso é sobre escolhas. Escolhas que a gente faz e acha que não vão dar em nada, mas... às vezes, mudam tudo.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

NUM SIMPLES OLHAR PELA JANELA

Sentado em frente ao computador, buscando inspiração,
Entre pensamentos vagos e momentos de reflexão,
Meus olhos se perdem na janela, a observar,
Onde está o Sol que brilhava com todo o seu esplendor?

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Ser pai, ou avô, é ter amores que nunca morrem.

 
            Era uma tarde daquelas em que o calor parece grudar na pele. O sol estava pegando firme e, no quintal da casa antiga, embaixo da sombra boa da velha goiabeira, o vô Zé juntou os netos. Luiza, com 15 anos, estava no celular, bem no modo distraída. Lucas, de 13, jogava uma pedrinha para o alto e tentava pegá-la de volta. Já Clara, a caçula de 12, desenhava uns círculos na terra com um graveto. O vô, com aquele sorrisinho esperto de quem tem história para contar, pigarreou alto, chamando a atenção dos três.

— Ei, vocês aí! Dá um tempo no celular e na pedrinha só por um minutinho. Quero contar uma coisa que aprendi sendo avô. E, antes disso, pai. Sabem o que é?

Luiza levantou uma sobrancelha, ainda com os olhos colados na tela.

— O quê, vô? Que a gente tem que comer mais verdura? — disse, rindo com um leve deboche.

Zé deu uma risada, balançando a cabeça.

— Não, minha querida. É sobre amor. Um tipo de amor que não acaba nunca. Já pararam pra pensar o que é ser pai? Ou, no meu caso, avô?

domingo, 15 de junho de 2025

Não adianta falar para quem não quer ouvir.

 
            Paulo, 17 anos, está sentado em um banco, mexendo no celular, com cara de quem está meio perdido. Ao lado, senta-se Clara, 22 anos, com um caderno na mão e um sorriso que parece saber mais do que diz. Ele puxa papo.

— Tô de saco cheio, Clara. Todo mundo quer me dizer o que fazer, o que pensar. Parece que estão gritando na minha orelha o tempo todo.

— Sei como é. Mas, Paulo, já parou pra pensar que, às vezes, não é quem está falando que faz a diferença, mas se você está mesmo querendo ouvir?

— Como assim? Se a pessoa tá falando um monte de coisa que não faz sentido, eu vou ouvir por quê? É tipo ouvir rádio fora da estação, só chiado.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Feliz Dia dos Enamorados!

 
Hoje, 12 de junho, é Dia dos Namorados.

Ou melhor... Dia dos Enamorados.

Sim, porque o amor não tem uma forma só.

Você pode se enamorar de alguém de muitas maneiras — como esposa, esposo, noiva, noivo, namorada, namorado... mas também como amiga, amigo, irmã, irmão, filha, filho, neta ou neto.

O que importa mesmo é amar. Amar de verdade, com sinceridade, sem cobranças, sem querer consertar o outro.

Viva hoje — e todos os dias — como se o amor fosse infinito.

Tire um tempinho para dizer o quanto aquela pessoa é importante para você.

Não tenha vergonha de dizer “eu te amo”. A verdade é que, de algum jeito, a gente sempre ama alguém.

E você, que está lendo isso agora…

Saiba que, do meu jeito — ou do nosso — eu te amo: como amigo, irmão, pai, avô.

E que seja para sempre... enquanto durar.

Feliz Dia dos Enamorados!

Um beijo no coração.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Segue teu coração e crie novas histórias

 
            Diálogo entre Léo, um jovem de 17 anos cheio de dúvidas, e Clara, uma escritora de 25 anos que vive de contar histórias.

— Clara, sério, às vezes sinto que estou perdido. Quero fazer algo grande, sabe? Mas não sei por onde começar. Todo mundo fala para "seguir meu coração", mas o que isso significa de verdade?

— Léo, essa é a pergunta de um milhão de reais! Olha, quando eu tinha a sua idade, também me sentia assim, como se estivesse num labirinto sem mapa. "Seguir o coração" não é só uma frase bonitinha de filme. É como ouvir aquela vozinha dentro de você que não cala a boca, mesmo quando o mundo está gritando para você fazer outra coisa.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Dia Mundial do Ambiente ao Meio

Duda (17) e Rafa (16), estão sentados em um banco de praça cercado por árvores, latas de refrigerante no chão e um céu meio acinzentado, mesmo sendo 11h da manhã.

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RAFA:

Você já reparou que a gente chama esse lugar de “meio ambiente”? Meio. Nem inteiro. Meio.

DUDA (rindo de leve):

Nunca pensei nisso. Mas faz sentido… a gente trata a natureza como se ela fosse só uma parte pequena da vida. Tipo, “meio” importante, sabe?

terça-feira, 3 de junho de 2025

Quer melhorar em muito a sua vida? Aprenda a olhar para determinadas situações e diga: “Eu tenho mais o que fazer!”

 
            — Cara, tô cansado. Tô me sentindo preso nessa rotina chata.

— Eu sei. Eu também já me senti assim. Parece que tudo vira um ciclo sem fim.

— É isso mesmo! Um ciclo de coisas chatas, gente reclamando, problema atrás de problema...

— Mas você já parou pra pensar que, às vezes, a gente se afunda em coisas que nem importam tanto?

— Tipo o quê?

— Tipo briga por opinião no grupo do WhatsApp, tipo ficar remoendo aquela ofensa antiga, tipo passar horas discutindo sobre algo que não vai mudar nada na sua vida.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Ame-se o suficiente para perceber que o meu sucesso não é a sua derrota.

 
            — Cara, posso te perguntar uma coisa meio aleatória?

— Lá vem bomba... Manda.

— Por que parece que, toda vez que alguém do nosso grupo consegue alguma coisa legal, tipo passar numa prova difícil ou arrumar um trampo massa, o clima muda? Fica esse silêncio estranho, essa sensação de "legal, parabéns aí", sabe?

— Já senti isso também. Parece que a alegria do outro aperta um botão na gente, tipo: “Ei, por que você ainda tá parado aí?” Aí, pronto: gatilho ativado.

— É isso! Não que eu deseje o mal, mas... sei lá, às vezes bate aquela invejinha disfarçada de indiferença. E isso me incomoda.

terça-feira, 27 de maio de 2025

Não há reembolso para tempo perdido.

 
            — Mas como assim “não há reembolso para tempo perdido”? Tipo... nunca dá pra correr atrás?

— Dá pra correr atrás, claro. Mas o tempo que foi... já era. Igual ao dinheiro que você joga fora comprando algo inútil e a loja tem aquele aviso: “Não fazemos trocas nem devoluções”. Só que, no caso do tempo, nem o gerente do universo aceita troca. Passou? Fica no passado mesmo.

— Mas isso parece meio injusto, não? Tipo, se eu perdi um ano da minha vida fazendo nada, não posso recuperar?

— Infelizmente, não. Você pode começar hoje a fazer diferente, isso sim. Mas aquele ano já virou um arquivo fechado. Tá lá, no HD da vida, sem botão de “editar”. O máximo que você pode fazer é aprender com ele e usar como lição.

domingo, 25 de maio de 2025

Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não agir, não existirão resultados.

 
            — Sabe aquele sentimento de que a vida está meio travada, como se estivesse esperando alguma coisa acontecer primeiro, antes de você começar a se mexer?

— Sei. Eu sinto isso praticamente todo dia. Tipo… como se estivesse esperando o universo dar um sinal. Uma placa escrita: “Agora vai”. Mas nunca vem.

— Então. Esse é o problema. Muita gente espera pelo sinal, mas o sinal é a ação. A verdade é que nada se move até que a gente mova alguma coisa.

— Mas e se eu agir e der errado?

— E se você não agir e nada acontecer?

— Nossa. Isso doeu um pouco.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

O verdadeiro amigo é aquele que entende o que você não disse.

 
            Era fim de tarde quando a galera se juntou no banco de sempre da pracinha. O céu já começava a mudar de cor, e o ar estava cheio daquele clima de conversa boa, sem pressa. Entre risadas soltas e desabafos leves, alguém puxou um assunto que fez todo mundo parar um pouco para pensar.

— Vocês já notaram que tem gente que entende a gente só pelo olhar? — perguntou a Duda, com o queixo apoiado no joelho, meio pensativa.

— Tipo quando você está mal, mas fala “tô bem”, e a pessoa já responde “tá nada”? — completou o Vini, dando uma risadinha. — Minha irmã é assim comigo, acerta até quando eu não sei o que estou sentindo.

domingo, 18 de maio de 2025

Não ofereça uma palestra para uma pessoa que precisa apenas de um abraço.

 
            – Mano, olha só… Eu sei que você quer ajudar, mas, sinceramente? Às vezes, parece que você tá dando uma palestra, quando eu só queria um “tô aqui, véi”.

– Eita. Foi direto, hein. Mas beleza, vamos conversar. Me explica isso melhor.

– Tipo agora, né? Falei que tava mal, e você veio com aquele discurso de “a vida é feita de escolhas” e “a dor é combustível”. Eu não precisava de uma motivação de Instagram, precisava só que você me ouvisse.

– É que eu achei que, se dissesse alguma coisa inteligente, ia te fazer pensar diferente, talvez até se sentir melhor.

– Mas, às vezes, pensar é o problema. Já tô pensando demais, cara. Tô travado, sabe? Tem hora que a cabeça já tá cheia, e o coração só queria um abracinho, uma presença — nem que fosse em silêncio.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Ser bom somente para quem você conhece, isso não quer dizer que você é bom.

 


         Lucas, um jovem de 17 anos, e Marina, sua prima de 22 anos, estavam aproveitando a sombra no quintal de casa, tentando amenizar o calorão que fazia naquela tarde.

— Marina, você já parou pra pensar no que significa ser uma pessoa boa de verdade? Tipo, eu vejo um monte de gente falando que é legal, que ajuda os outros, mas só com quem conhece. Isso conta?

— (risos) Boa pergunta, Lu! Sabe, eu já me fiz essa pergunta um milhão de vezes. Ser bom só pros amigos ou pra família é fácil, né? Mas deixa eu te contar uma coisa: ser bom de verdade é tipo plantar uma árvore que você nem sabe se vai dar sombra pra você um dia. É fazer o bem sem esperar o troco, sem querer likes ou tapinha nas costas.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Surpresas são melhores que promessas.

 
            — Ei, tu já percebeu como as promessas cansam? — soltei do nada, enquanto a gente esperava o ônibus, sentados na mureta da praça.

— Que papo é esse agora? Cansar? Que tipo de promessa? Tipo: “Prometo que vou te pagar amanhã”?

— Também, mas não só isso. Tô falando das promessas grandes, sabe? Aquela coisa de “Eu juro que nunca vou te decepcionar” ou “Prometo que vou ser alguém incrível”. Não parece tudo... meio ensaiado?

— É... agora que tu falou assim, parece mesmo. A galera vive prometendo e, no final, nada muda. Só alimenta expectativa.

— Exato! Eu ando pensando que as surpresas valem muito mais. Elas são reais, não precisam de anúncio, de cartaz luminoso. Elas só acontecem... e pronto.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

As lições que aprendi com minhas maiores derrotas

 

— Me diz uma coisa, sem enrolar: como é que você aguenta levar tanta pancada da vida e ainda consegue sorrir?

— Ué, sorrir é o que me resta depois de chorar tudo o que tinha pra chorar, né?

— Tô falando sério…

— E eu também. Já perdi tanta coisa que, hoje em dia, até a derrota virou professora particular. A diferença é que ela ensina batendo. Mas ensina.

— Não parece que você já errou tanto assim…

— E você acha que eu ando por aí com um crachá escrito “Fui reprovado em cinco entrevistas seguidas”?

— Não, mas é que… sei lá. Você tem esse jeito de quem tá sempre confiante.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Pratique gratidão todos os dias.

 
               — Cara, de verdade... Não aguento mais esse papo de gratidão — resmungou Vini, largado no banco da praça. — Toda hora aparece alguém falando pra agradecer até pelo copo d'água que bebeu.

Eu ri. Não era sarcasmo, era aquele riso de quem já pensou a mesma coisa um dia.

— Sabe que eu também achava isso meio papo de livro de autoajuda, né? — falei, jogando uma pedra longe. — Até entender que praticar gratidão é tipo cuidar de um jardim invisível.

Vini arqueou uma sobrancelha, desconfiado.

— Jardim invisível?

— É. Imagina que sua vida é um jardim. Cada vez que você agradece de verdade, rega uma plantinha. Só que, se você esquece de regar, as plantas começam a morrer... e, de repente, parece que nada presta, que tá tudo seco.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

E aí, o que Tiradentes tem a ver com a gente?


— Feriado de Tiradentes... alguém aí sabe explicar, de verdade, o que a gente tá comemorando?

— Feriado, ué. Um dia a menos de aula, de trampo... já tá ótimo!

— Mas sério, vocês já pararam pra pensar que, além do descanso, talvez tenha algo mais pra tirar desse dia?

— Cara, pra mim, Tiradentes sempre foi tipo... o mártir da independência, sabe? Deu a vida e tal. Mas nunca pensei nisso como algo que conversasse com minha vida.

domingo, 20 de abril de 2025

Como transformar seu medo em coragem

 

— Eu juro que tentei, mas, na hora, me travou tudo. Minha boca secou, a mão começou a suar, parecia que eu ia desmaiar. E aí… não fui.

— Foi medo, né?

— Medo? Medo é pouco. Eu me senti um rato entrando no meio de uma reunião de leões.

— Já me senti assim também. Várias vezes. A diferença é que, hoje, eu aprendi a usar o medo como um empurrão, não como um freio.

Não pise em notas para salvar moedas.

 
            — Tá, mas me diz aí, Léo… você ignoraria uma nota de cem reais no chão pra pegar umas moedinhas de um real? — perguntei, quebrando o silêncio da praça.

Ele me olhou como se eu tivesse acabado de falar que a Terra é plana.

— Claro que não, né? — respondeu, franzindo a testa. — Quem, em sã consciência, faria isso?

— É… então por que você faz isso com a sua vida?

Ele riu. Daquele jeito que a gente ri quando leva uma invertida que até dói, mas tenta bancar o firme.

— Ah, como assim? Agora me perdi.

sábado, 19 de abril de 2025

Feliz Páscoa!

 

Vamos falar a verdade: Páscoa é aquele momento em que a gente finge que comprou chocolate “só para as crianças”, mas, no fundo, está torcendo para sobrar um pedaço — ou dois, ou três... vai saber.

Mas, além dos ovos de chocolate, dos coelhos e da tradicional luta interna entre “vou comer só mais esse pedacinho” e “na segunda-feira eu começo a dieta”, a Páscoa é sobre recomeço. Sobre renovar a fé, a esperança e o estoque de paciência também (principalmente se a família toda resolver se reunir, né?).

Então, nesse clima leve, doce e meio bagunçado que a vida costuma ser, eu queria deixar aqui o meu muito obrigado.

Aos clientes, que confiam no meu trabalho mesmo sem saber se sou do time da Páscoa “raiz” (com bacalhau) ou “Nutella” (com ovo recheado de brownie).

Aos amigos, que aguentam meus memes e áudios longos e ainda fingem que ouviram tudo.

E à família, que é tipo ovo de Páscoa: às vezes vem com surpresa, às vezes vem quebrado... mas a gente ama igual.

Ah, sem esquecer meus netos, a quem amo muito mais do que chocolate.

Que esta Páscoa te abrace como abraço de vô e te renove como banho demorado de domingo. Que não falte paz, amor, risadas sinceras e, claro, um chocolatinho estratégico escondido na gaveta.

Com carinho (e com um pedacinho de chocolate na mão),

Pedro L. M. Teixeira (Táxi Teicheira)

sexta-feira, 18 de abril de 2025

O Silêncio de uma Sexta-feira Santa


— Professor Daniel, posso fazer uma pergunta meio… estranha? — disse Lara, enquanto ajeitava a mochila no ombro e olhava, curiosa, para o mural da sala.

— Estranha não existe. Só existe o que a gente ainda não entendeu — respondeu ele, com um sorriso de quem já ouviu de tudo.

— Por que chamam a Sexta-feira Santa de "santa"? Não parece meio... contraditório? Foi o dia em que Jesus morreu, né?

Os colegas se entreolharam. Alguns fizeram que sim com a cabeça; outros franziram a testa, esperando pela resposta.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Mantras ideais para começar seu dia e ter sucesso.

 
            O sol mal tinha rompido a neblina leve que cobria as montanhas quando Carlos, Maria, Luiza e Beto atravessaram o portão de madeira escura do templo. O silêncio ali não era vazio; era cheio de significados, como se o próprio tempo tivesse aprendido a andar mais devagar entre aquelas paredes.

Eles tinham viajado horas até aquele canto distante do mundo, empurrados por um vazio que não sabiam bem como nomear. Todos queriam a mesma coisa, no fundo: um pouco de direção, uma pausa, alguma luz que dissesse “vai por aqui”. E quem melhor para isso do que o monge Raphael? Famoso por seus ensinamentos simples e certeiros, ele já tinha ajudado muita gente a acordar para a vida.

— Vocês chegaram cedo. Isso já é um bom sinal — disse o monge, abrindo um sorriso calmo, enquanto os recebia com chá quente de ervas. — Mas me digam, o que vieram buscar?

— A gente está meio... perdido, sabe? — começou Carlos, tentando ser direto. — A vida está cheia de barulho, cobrança, e parece que a gente esqueceu como viver de verdade.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Desafios na Internet: Diversão ou Perigo?

 
O auditório da escola pública estava cheio. As cadeiras velhas rangiam enquanto os alunos da 5ª à 9ª séries se ajeitavam, uns cutucando os amigos, outros fuçando nos celulares por baixo das mochilas. O sol entrava pelas janelas empoeiradas, e o ventilador barulhento tentava espantar o calor daquele dia quente.

No palco, uma mulher de óculos redondos e cabelo preso num coque simples segurava um microfone. Era a doutora Ruth, psicóloga que entendia tudo de jovens. Ela deu um sorriso largo e esperou o barulho diminuir.

— Oi, pessoal! Tudo bem com vocês? — começou ela, animada. — Eu sou a Ruth, e hoje vim falar de algo importante. Quem aqui já ouviu falar dos desafios da internet?

Algumas mãos subiram, meio tímidas. Um menino no fundo gritou:

— Tipo aquele do balde de gelo?

domingo, 13 de abril de 2025

As pessoas só pisarão em você enquanto você se mantiver no papel de vítima e não decidir se levantar.

 
            — Cara, por que você tá sempre com essa cara de quem acabou de perder o ônibus? — perguntei, jogando a mochila no canto da sala.

Ele me olhou com aquele olhar perdido que só quem já se sentiu atropelado pela vida conhece. Suspirou fundo e soltou:

— Porque eu tô cansado. De tudo. Das pessoas, dos problemas, de tentar e não sair do lugar.

— Mas você vai ficar aí sentado se lamentando até quando?

— Eu não tô me lamentando, tô só... aceitando. A vida tem dessas, sabe? Uns vencem, outros só assistem.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Sucesso não é só procurar os melhores clientes para seu negócio, mas melhorar seus serviços para atraí-los.

 

            — Cara, tô pensando em abrir uma hamburgueria. Mas só se eu achar um bom ponto e gente com grana por perto. Senão, nem rola.

— Entendi… E tu acha mesmo que o sucesso da parada vai depender só de onde você vai abrir e quem vai passar por ali?

— Ué, lógico, né? Se não tiver cliente bom, como é que vou vender?

— Olha, deixa eu te contar uma história. Eu morava numa rua que tinha uma sorveteria, bem pequenininha. O lugar era simples: não tinha placa bonita, nem letreiro neon, nem wi-fi com senha engraçadinha. Nada. Mas o sorvete... Ah, o sorvete era uma experiência espiritual.

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